No crackdown não se tem por hábito fazer balanços de anos findos, que a vida é um contínuo e apaixonante recomeço. Contudo, num ano que foi, em termos pessoais, particularmente difícil, registo como uma grande lição de vida o ter aprendido quanto de dignidade e grandeza pode existir no ser capaz de partilhar com os outros o sofrimento e a angústia de uma morte lenta e dolorosa. Recordo, pois, como o maior marco deste meu ano de 2005, dois homens magníficos: o Papa João Paulo II e o meu próprio pai. Ao que já partiu, a memória respeitosa; ao que, vagarosa e sofridamente, se despede, o meu amor compassivo.
*Jorge de Sena, Fidelidade
1 comment:
Sentido e bonito.
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