Thursday, August 21, 2008

Boa noite

«conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura»


Mário de Cesariny de Vasconcelos

Deep look

Fernanda Serrano

Portugal e o futuro

Este Verão do nosso descontentamento vai pródigo em fitas violentas - quase em sessões contínuas, tivemos o assalto ao BES, com snipers, reféns, mortos e tudo; o assalto à bomba da carrinha de valores, empregando técnicas policiais; o assalto à mão armada a mais uma (a 4ª) bomba de gasolina, destaques terríveis no quotidiano de criminalidade violenta, que, tal como o Toyota, veio para ficar. Não nos admiremos, pois, se este passar a ser o aspecto e o equipamento do futuro vizinho do lado. Se não tomarmos conta de nós, ninguém toma, não é verdade? Até, porque no socrático reino do faz de conta, o aumento da criminalidade violenta é falso e resulta, apenas, do descarado e mal-intencionado aproveitamento que os média ao serviço da oposição fazem das naturais contingências sócio-policiais dos mais desfavorecidos. Não acreditam? Perguntem à Fernanda Câncio.

Finalmente, o orgulho nacional *

Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino de oiro sou teu amigo
(*Já podemos todos dormir descansados, porque, afinal, sempre tem razão o senhor engenheiro sanitário - estamos entre os melhores!)

Propaganda acéfala...*

Imagino o choque do Presidente Cavaco Silva perante este Apenas displicente, que só por não merecer mais do que um profundo desprezo não originará um formal pedido de desculpas do Rei Juan Carlos!
Um asco!
(*Para além da insensibilidade de granito que evidencia, o comentário é tão mais gratuito, quanto a tragédia se circunscreveu ao aparelho da Spanair e seus ocupantes.)

Saturday, August 16, 2008

Boa noite

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim


Chico Buarque

Deep look

Rodrigo Santoro

Madonna, os primeiros 50 anos






O Rei está morto há 31 anos

Viva o Rei!

Pontal


Não percebo o reboliço criado com a recusa de Manuela Ferreira Leite a comparecer na festa do Pontal. Menos percebo as leituras algo psicanalíticas com que alguns gurus tentam explicar a decisão da senhora. Mas será que ainda custa perceber que MFL pertence a uma estirpe que não alinha naqueles populismos fáceis que os média nos têm feito crer serem a essência e o motor das sociedades modernas?
Porque a coisa pública não é, propriamente, um rodopiante carrossel de momentos televisivos grandiosamente encenados, não seria nada mau que o exemplo de MFL servisse para demonstrar que ainda existe gente assim, e que é necessária, para devolver alguma da credibilidade perdida à actividade política. Só que, vistas as reacções (mesmo descontado o oportunismo político), percebemos que esta lição está ainda fora de tempo. Infelizmente, o tempo lhe dará razão, demasiado tarde.

Chinesices

Dos tempos da infância recordo como o meu pai, com um sorriso algo matreiro, classificava as maroteiras que nós, os miúdos, tentávamos "mascarar" com o que nos pareciam as mais escorreitas e convenientes explicações, mas que aos olhos de um adulto não passavam de incoerentes e esfarrapadas invenções - chinesices, dizia ele, do alto da sua bonomia - e ficávamos todos a saber que tínhamos sido apanhados.
Tenho a certeza que se ele estivesse cá para saber das ilusões que os chineses fizeram para a grande ouverture olímpica remataria filosoficamente - chinesices.
Sobre os embustes que sabemos agora terem sido praticados, melhor seria que tivessemos presente que that's television folks! Ficaríamos menos ofendidos (ai esta superioridade moral do velho ocidente!) e mais disponíveis para apreciar o elevado nível técnico e artístico do espectáculo. Afinal, no que se têm vindo a tornar os jogos olímpicos actuais que não seja num grandioso espectáculo? E se a cada edição dos jogos o principal objectivo do organizador é superar o antecessor, todos os meios parecem válidos. That's show business! À moda chinesa, é certo, mas a dimensão da ilusão só poderia estar à escala do universo chinês.

Tuesday, August 05, 2008

Boa noite

Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro

Eugénio de Andrade

Deep look

Soraia Chaves

Citações

A notícia de que o "físico Carlos Fiolhais é o cientista português com o artigo mais citado em todo o mundo" merece destaque no Público, mas, para os que não conhecem a realidade da investigação e publicação científica em Portugal, basta ler os comentários ao artigo para perceber o que está (geralmente) em causa neste domínio, para além da invejosa mesquinhez: ser citado conta mais do que o valor intrínseco daquilo que se publica; tanto assim é, que os autores portugueses se matam por co-autorias com renomados cientistas de língua inglesa, preferencialmente; a publicação científica em português é um caso sério de invisibilidade, nomeadamente na Web of Science, da Thomson Reuters.
Para quem não pretender ficar por aqui neste assunto, o SJR SCImago Journal & Country Rank fornece informação interessante sobre a publicação científica portuguesa entre 1996 e 2007. Aqui.

Cristiano Ronaldo falta à chamada...

... do Manchester United.
Anda a pedi-las, o "nosso" herói!

Friday, August 01, 2008

Boa noite

Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos... No vento, ao passar,
A carícia que vaga sem destino nem fim,
A carícia perdida, quem a recolherá?

Alfonsina Storni

Deep look




Dita Von Teese


A farsa do Teatro Nacional, parte II


Solução Brilhante!

Saldos?

Mariano Gago está a arrumar o gabinete?
Ontem fechou a Universidade Moderna, hoje retirou o estatuto de universidade à Internacional.
Segue-se...

Magalhães

Português? O Pinóquio diz que sim...