Sunday, November 28, 2004

Ao meu querido amigo Anthrax

Por vezes, um simples
"Cucuuuuuuuu!!!! Crackzinhoooooo!!!!WHERE ARE YOU????? Ó Crack!! CRACKIIIIIIII!!!!"
salva-nos a vida! E relembra-nos das pequenas coisas que são verdadeiramente importantes nesta vida.

Cucuuuuuuuu!!!! Anthraxzinhoooooo!!!!HERE I AM!!!!!!!! Ó ANTHRAX!! Let's roll together again!!!!

Saturday, November 06, 2004

Sexo tântrico

Da Índia, with love.

Saturday, September 25, 2004

Champagne Moutard-Diligent

«Podrá nublarse el sol eternamente
Podrá secarse en un instante el mar
Podrá romperse el eje de la tierra como un débil cristal
Todo sucederá!
Podrá la muerte cubrirme con su funebre crespón
Pero jamás en mi podrá apagarse la llama de tu amor»

Wednesday, September 22, 2004

The lyre of orpheus

«the fire of love is true
and I am breathless without you»

Saturday, July 10, 2004

Morreu Maria de Lurdes Pintassilgo

Uma Senhora na vida, na intervenção social e cívica, na Política.
Se recordarmos que Sophia de Mello Breynner já não está connosco, percebemos como, tão rapidamente, Portugal perdeu duas figuras relevantes para o nosso percurso colectivo.
Tratando-se de duas Mulheres que o souberam ser, sem abdicarem de, nessa qualidade, defrontarem um mundo que tantas evitam com a desculpa de estar masculinamente moldado, verificamos, com infinita tristeza, que estamos, mesmo, bem mais pobres.

Não há eleições antecipadas!

Sampaio decidiu, a custo. E com custos.
Santana Lopes está tranquilo. Que a pose de estado não se fique pela pose, desejamos (quase) todos.
Ferro Rodrigues tomou a decisão do PR como uma derrota pessoal. Isto significa que se a decissão fosse outra, não era do PR mas dele? Bateu com a porta, o que alguns esperavam, ansiosamente. Tristes figuras.
Louçã até se esgasgou, tal era a raiva e a desilusão! Vai ter que esperar mais um pouco. E aprender que mais vale não anunciar intenções de somar peso eleitoral, quando este aparece(ainda) como uma ameaça até para os que dele precisam.
Paulo Portas não contou para a história e presume-se que vai manter o discreto perfil, que lhe garante ter o peso político suportável pelo PSD. Com Santana, até quando?

Monday, July 05, 2004

Perdemos

Nem bem, nem mal. Perdemos.
Perdemos o jogo, que se faz de treino, de táctica, de profissionalismo, de vontade, mas de sorte também.
Ganhámos outras coisas: o termos chegado à final e obtermos o melhor lugar de sempre em competições deste tipo; o termos assegurado uma organização impecável e ficarmos com um parque desportivo infinitamente melhorado; o termos conseguido pôr a alma e o coração na maior onda de entusiasmo pátrio dos últimos tempos (e nem os muito velhos se lembram de nada assim).
Agora, é seguir em frente. Realisticamente satisfeitos com o que conseguimos, capitalizando raivosamente a insatisfação como força motriz para a próxima vez.
Que virá!

Thursday, July 01, 2004

Mais músicas...

Há blogs que nos dão, além do enorme prazer de os ler, também boa música.
Recordando Lou Reed, esta vai para Santana Lopes, não como estímulo, que não precisa, mas para reflexão...


When you're in a dream
and you think you've got your problems all nailed down
Pieces of the scheme
Seem to rattle up and to rattle down

And when you start to fall
And those footsteps they start to fade

Then you know you're going down
Yeah, you're falling all around
And you know you're going down
for the last time

When you're in the air
And you're thinking you'll drift off into the rest
Your friends politely advise
Hey look you're pushing too hard
And perhaps you need a rest

And when you start to fall
And all those footsteps they start to fade

Then you know you're going down
Yeah, you're crashing upside down
And you know you're going down
for the last time

Time's not what it seems
it just seems longer, when you're lonely in this world
Everything it seems
would be brighter if your nights were spent with some girl

Yeah, you're falling all around
Yeah, you're crashing upside down
Oh, oh, and you know you're going down
for the last time

Charlotte de laranja amarga

Em tempos quentes, torna-se difícil resistir às receitas mais adequadas – leves, compensa-se-lhes a pouca consistência servindo-as rapidamente e bem frias. Esta é uma sugestão pedida de empréstimo, mas nem por isso menos interessante.

Ingredientes:
6 folhas de gelatina branca
4 colheres (sopa) de sumo de laranja
1 vagem de baunilha
açúcar a gosto
2 embalagens de natas
doce de laranja amarga (opcional)

Liquefaz-se a gelatina em água muito quente, e junta-se-lhe, a conta-gotas, o sumo da laranja. Mexe-se, com cuidado, para não talhar. Quando espessar, junta-se-lhe o açúcar, não demasiado, que é doce de Verão... Amacia-se com as natas, batidas ligeiramente, porque não se espera que fiquem muito firmes. Deixa-se esperar e, avaliada a consistência, decidirá a doceira se juntará, ou não, o doce de laranja amarga. O segredo do sucesso depende da quantidade de baunilha que utilizar, mas essa dependerá mais da que tiver em casa, do que do gosto dos comensais.

Sugestão: Servir, tão rápido quanto possível, após desenformar.

As outras músicas

Rituais das manhãs (que os permitem!): a tsf no carro, as «gordas» de alguns jornais, uma ou outra notícia, as fofoquices breves com o «inner circle» à volta do café, umas espreitadelas a alguns blogs (e este é sempre um regalo para os ouvidos) no intervalo do desbaste dos mails de serviço, umas (cada vez mais raras e mais breves) incursões ao mundo da informação disponível na internet.
Assim, ao princípio do dia fica o comum dos mortais com o «panorama» da actualidade. Os afazeres dos sortudos que trabalham e a preguiça mental dos ociosos que nada fazem determinam que seja com este «panorama» que se construa o que tomam pela realidade. Assim se faz a opinião pública dos pseudo-informados, pelo que esta vale o que vale, isto é, vale pouco, por pouco consistente. Raros são os felizardos que têm a graça de ver, num rasgo, para além do que lhes é presente, ou os que têm o tempo,ou o dever de ofício, para mastigar, preguiçosamente, as notícias, desmontá-las até ao eixo de verosímil, compor com as várias entradas de informação o puzzle mais próximo da verdade dos factos.
Todas estas palavras alinhavadas a propósito de que vale a pena começar a perceber as verdadeiras reacções da comunidade internacional que conta à nomeação de Barroso para presidir à comissão. Leia-se a imprensa internacional e evite-se ficar ofuscado pelo folclore politiquenho habitual. Devagarinho, como aconteceu com a selecção, e como verdadeiramente dão prazer as coisas importantes, perceberemos que, malgré quoi, podemos começar a ter orgulho em ter um português em tal cargo.

Wednesday, June 30, 2004

GANHÁMOS!

Parabéns selecção!

A dor ...

...de cotovelo de Soares. E não só. É vê-los e ouvi-los. Até dá dó.

Pedro e o Lobo

Esta conversa sobre o Pedrito faz-me lembrar aqueles cocktails muito frescos, leves e borbulhantes, que os incautos emborcam deliciados, mas que quase os deixam em coma alcoólico, sem terem tido sequer tempo de perceber no que se metiam.
O homem é o que é, a sua vida um livro (para adultos) aberto, recheado de cinhas e jardins proibidos, com um passado de arremetidas políticas, mais ou menos consistentes, mas algo não podemos negar – é um Político (talvez o único, depois de Mário Soares – ai, João, que tanto tu querias ser assim!).
Nasceram-lhe os dentes e as garras na quadrilhice partidária, afiou a língua em milhares de debates truculentos, modelou a pose e o gesto em inúmeras e solitárias batalhas partidárias, refinou-se na antecâmara de cobiçados lugares, em suma, passou os últimos trinta anos na ribalta, observando, aprendendo, jogando, sobrevivendo. Fez-se, sem dúvida, o mais equipado político dos políticos portugueses da nova geração. Capaz de, em tiradas de estilo, alcançar o que à partida, todos assumem como inalcançável.
Balofo? Há quem o diga! Incompetente? E quem lhe conhece os objectivos, para saber se os alcançou, ou não? Não ganhou nunca um Congresso do PSD. Não mesmo? Veja-se o xadrez do partido após o último congresso e diga-se, com rigor, a quem o PSD está entregue. Estratégia da aranha? Talvez, mas isso não contradiz o perfil do rapaz? Ou não será este tão irreflectido como faz crer?
Os barões do partido não consideram compatível (por conveniência própria?) sentido de estado com frontalidade, irreverência com determinação política. Sobram os interesses pessoais colocados acima dos do partido, de que tanto o acusam. Esquecem-se os barões de que só não fazem o mesmo porque não podem, ou fazem-no à sua medida, e não se nota!
Se o Pedrito não fosse tão perigoso para os anseios da esquerda, não estariam tantos tão preocupados em exigir as eleições que vamos ter.
Só é pena que assim nunca fiquemos a saber se ele dava cabo disto tudo, ou não. Talvez desse, efectivamente, mas não sendo ele será, como sabemos, esta triste esquerda a que temos direito.

Monday, June 28, 2004

Entrando na dança...

A música é pimba, mas o povoléu agita a bunda, esfalfa-se em passos e contrapassos, confiante que do seu volteio dependerá o sucesso da romaria. Será?
Siga o baile, bailadores à pista!

Saturday, June 26, 2004

Retratos de família

O tio Eduardo, de semelhança gemelar com o seu grande amigo Eça, talvez por isso cultivou na família o estatuto de intelectual sofredor e bafiento. Com Eça subia o Chiado, à sombra deste cortejava mundanas e roliças mulheres casadas, estroinava em bebedeiras monumentais. Noites de copos e mulheres arruinaram-lhe os pulmões (chic, tossicava para lenços femininos), boa parte da fortuna do pai e (quase toda) da mulher. O menino escrevia, era jornalista; coitado, em vida nunca deu à estampa «obra» e o jornal, a pedido de amigos da família, emprestava-lhe uma mesa para escrevinhar perfumados bilhetes às amantes. Morreu novo, do coração. No escritório ficaram rolos de escritos pueris, que andaram anos pelas arcas da família, até que Otelinda, a criada da quinta, em dia de limpeza geral lhes deu sumiço. Deixou viúva nova, que num casamento feliz esqueceu depressa o presumível inspirador de uma qualquer personagem queirosiana, e a prima Alice, querubim loiro e angélico com lugar próprio na história da família.
Da vitória de Portugal rezam as gargantas roucas, os ritmos cardíacos não totalmente refeitos, o contentamento maior, porque surpreso.
Para o próximo jogo, suspende-se a respiração, fazem-se figas, ou apoiam-se no terceiro F, talvez nem só os que têm o dom da fé.
A maior satisfação deste europeu - os franceses comeram a relva que a Grécia lhes serviu.

Friday, June 25, 2004

E eis que assim se desvenda o mistério da mulas sem cabeça!

Monday, June 21, 2004

Frase do rescaldo

Alguém disse num dos canais de televisão, a propósito da vitória de Portugal, que a mesma se devia ao facto de Scolari ter ouvido a vontade do povo e ter mexido na equipa, em conformidade.
Ingénua, ou não, a frase permite a extrapolação política a quem a queira fazer - imagine-se o contentamento de Ferro Rodrigues e a dor de cabeça de Durão Barroso (para a qual não há «aspirina» possível, segundo VPC).

Entusiasmo

De Durão Barroso, pulando, rindo e gesticulando, completamente eufórico, na bancada presidencial.
Genuíno, o seu entusiasmo alargou-se ao quebrar da pose de Estado e soube-nos bem ver um Primeiro-Ministro vibrar assim.
Entre bandeiras e pulos do PM, com um comentador de luxo a render-se à euforia geral, parecemos menos sorumbáticos e cinzentões. Façamos figas!

Embandeirando

Um jornal referia, há dias, os ministros que sim, ou não, tinham a bandeira nacional à janela. Mais do que satisfação à curiosidade popular, estava subjacente uma chamada de atenção aos «faltosos», mais expostos por esta avalanche de sentido pátrio em crescendo.
Por falar em crescendo, mereceria uma tese a análise sociológica do embandeiramento galopante a que temos assistido; primeiro poucas e tímidas, nos bairros mais populares, depois, decididas e orgulhosas (em tamanho e qualidade), as bandeiras ganharam as avenidas, as novas urbanizações da classe média alta, conquistaram Estoril e Cascais, instalaram-se na Lapa. A vitória sobre a Russia e a oferta do Expresso contribuiram, mas não explicam tudo. Alguém estudará o fenómeno, esperemos apenas que não o faça com tal pedantismo que mate à nascença aquilo de que não nos devemos envergonhar - sermos um povo que sente e vibra com aquilo que é seu.

Tuesday, June 15, 2004

E lá ganhámos...

Agora, passada a euforia, podemos admitir - poucos de nós acreditavam, mesmo, que Portugal venceria a Espanha.
Foi bom jogo, foi sorte, foi o Nuno Gomes (um golo fantástico), foram a raiva e a alma portuguesas lançadas para a frente, animadas pela memória daquela celebérrima pá da valorosa padeira de outros tempos.
Festejou-se, rijamente, Portugal em festa do Minho ao Algarve, como devia e convinha.
Agora, chega o perigo maior - o nosso contentamento e o sentir do dever cumprido; neste espírito, bem português, do pobrezinho, pequenino, honradinho, acomodadinho com o bocadinho...
Scolari tem, nisto, o seu maior adversário; conseguir incutir nos nossos homens o killer instinct necessário, mas este não está na porteguesinha natureza, a não ser em situações limite.

«O voto militante no PCP é defensivo, no BE é ofensivo. Um tem sucesso porque está a crescer, o outro porque resiste a diminuir.»

De leitura obrigatória, para todos nós.

Charlote de queijo e morangos

Esta Charlotte, leve e «fresca», é a aliança perfeita dos paladares contrastantes, que fazem a sua graça.

Ingredientes:
6 folhas de gelatina branca
4 colheres (sopa) de sumo de limão
500g de queijo fresco
1 vagem de baunilha
140g de açúcar
1 e 1/2 embalagens de natas
250g de morangos
1 torta com recheio de morango

Hidrata a gelatina em água gelada, mas derrete-a com sumo de limão a ferver. Bate o queijo, energicamente, mas logo lhe junta a gelatina, as sementes de baunilha e o açúcar... As natas são sovadas até ficarem firmes, mas é com movimentos envolventes, para evitar que percam o volume, que as adiciona ao queijo. Tritura os morangos com o açúcar, juntando-lhes, suavemente, a gelatina.
É torta,que se monta em coroa, para logo se rechear com o creme de queijo e de morango. Guarda-se muito fria, mas serve-se à temperatura ambiente.

Sugestão: Carregar no limão pode não ser, sempre, a melhor opção. Juntar chocolate derretido ao creme de queijo, pelo contrário, excita o paladar mais exigente.

Monday, June 14, 2004

“se queres ver um pobre soberbo, dá-lhe a chave de um palheiro.”

A melhor frase aplicada a este rescaldo eleitoral.

«The little lives of earth and form...»

Há surpresas, em dia de ressaca desportivo-eleitoral.
Uns, não estão tão deprimidos como se esperaria que estivessem; outros, não tão eufóricos quanto a nossa (má) memória fazia antever.
A ver vamos, no que dá este comedido pós.
No entretanto, descobre-se Philip Larkin num blog habitual e, a propósito, vem-nos à lembrança que o poeta também escreveu:

Words as plain as hen-birds' wings
Do not lie,
Do not over-broider things -
Are too shy.

Thoughts that shuffle round like pence
Through each reign,
Wear down to their simplest sense
Yet remain.

Weeds are not supposed to grow
But by degrees
Some achieve a flower, although
No one sees.

Friday, June 11, 2004

Retratos de família

Maria de Fátima viveu pouco e morreu bela, mas não feliz.
Quinze aninhos ceifados na dor do segundo parto, a parir o fruto de amor clandestino; inocente criança seduzida à força pelo galante e poderoso senhor da terrinha perdida nos montes. Vestiram-na de noiva, que nunca foi, num caixão pobre, que o pai, já demasiado velho, enterrou com a neta de dois anos agarrada às pernas. Ficaram-lhe as meninas e a memória da filha, criança alegre e amorosa, mulher prematura e infeliz. Memória com que criou as miúdas, tão forte que Maria de Fátima, que as filhas nem conheceram, está ainda presente na quarta geração dos seus descendentes pelas graças, pelo verso solto, pela cantiga incompleta. Havia, também, dois ou três brinquedos, mas perderam-se há muito no meio dos brinquedos das crianças da família.


Tarde cai a tarde
E a sombra vem andando pelo chão
Tarde cai a tarde
E a saudade
Também cai no coração

Pois alguém foi embora e não voltou
E outro alguém tão sozinho aqui chorou
Tarde cai a tarde
Cai o pranto dos meus olhos sem amor

Vento sopra vento
Levantando a poeirada pelo chão
Vento sopra vento
Sopra forte dentro do meu coração

Folha seca você já carregou
Então leva a saudade que ficou
Tarde cai a tarde
Cai a tarde na minha vida sem amor

Tarde cai a tarde
Cai a tarde na minha vida sem amor

António Carlos Jobim

Thursday, June 10, 2004

"Você fica eternamente responsável pelo que cativa"

rititi. Um grande blog.Uma escrita urbana, moderna, acordada. Uma escrita de uma mulher-macho, ou de um macho-mulher, pouco importa. Sem dúvida, uma escrita no feminino. A não perder.

Wednesday, June 09, 2004

Esta morte brutal, por repentina, deixa-nos todos à procura do sentimento certo e da palavra correcta.
Dado o «tremendismo» do senhor, escudam-se as vozes no perfil académico, no percurso cívico do serviço à democracia e ao Estado, na competência técnica. É seguro e cai bem.
Esquecem-se as inconveniências de quem nunca cedeu ao politicamente correcto, deixam-se no esquecimento as deambulações partidárias (ou a independência ao serviço de?), ignoram-se a inflexibilidade, o mau feitio e o culto do rancor de que, tão frequentemente, o acusavam os «sobreviventes» habituais da nossa arena política, especialistas na pirueta do oportunismo militante. Percebe-se esta atitude, dada a santidade instantânea que a morte confere aqueles que, em vida, nunca abdicaram de si.
Morreu Sousa Franco, paz à sua alma, condolências à sua família e a este país, a quem Homens assim fazem falta, militem em que partido for, porque já não sobram muitos da mesma estirpe, e todos são poucos para nos tirar da mediocridade e do marasmo.
Esteve muito bem Durão Barroso, que evocou o valor da vida; e Deus Pinheiro, que chorou o homem e o amigo.
Partilhemos, com eles e com todos os outros, o choque e a fúria desta perda, mas não esqueçamos Sousa Franco, com o bom e o menos bom de si que teve a coragem de partilhar connosco.
Santificá-lo, adoçar-lhe os traços, será uma forma de lhe diminuir o valor; e ele não gostaria, por não lhe estar na natureza.

Friday, June 04, 2004

Let me stop here. Let me, too, look at nature awhile.
The brilliant blue of the morning sea, of the cloudless sky,
the shore yellow; all lovely,
all bathed in light

Let me stand here. And let me pretend I see all this
(I actually did see it for a minute when I first stopped)
and not my usual day-dreams here too,
my memories, those sensual images.
Constantine P. Cavafy

Thursday, June 03, 2004

A propósito da divergência (?) de opiniões entre os Ministros da Saúde e das Finanças…
Hum, não me parece que esteja a começar bem, para o tipo de abordagem que pretendo fazer!
Recomeçando:
A propósito da divergência (?) de opiniões entre as Ministras da Saúde e das Finanças…
Ai, que continua a não me parecer bem, isto porque (se os tivesse) os leitores berrariam que, sendo o Ministro da Saúde homem, a nossa (mal) amada língua materna não suporta «este formato»!
Recomecemos, pois, de uma outra forma:
A propósito da divergência (?) de opiniões entre o Ministro da Saúde e a Ministra das Finanças…
Alto, que assim teremos os cavalheirescos espécimes do nosso conservador burgo a murmurar que, etiqueta dixit (e, já agora, hierarquia do governo manda!): primeiro as senhoras.
Retornemos, portanto, ao início, colocando a senhora no lugar que lhe pertence:
A propósito da divergência (?) de opiniões entre a Ministra das Finanças e o Ministro da Saúde.
Credo, que as cultivadoras da questão do género, habitualmente borrifando-se para as hierarquias, governamentais e outras, clamariam que chega de atitudes discriminatórias (ainda mais, neste caso, pela positiva) contra a mulher!
Bem, vamos a uma solução de compromisso:
A propósito da divergência (?) de opiniões entre os responsáveis pelos Ministérios da Saúde e das Finanças…
Bolas, não acerto uma e ainda por cima esqueci-me do que pretendia escrever!

Wednesday, June 02, 2004

«only you are still around»

We hold it against you that you survived.
People better than you are dead,
but you still punch the clock.
Your body has wizened but has not bled

its substance out on the killing floor
or flatlined in intensive care
or vanished after school
or stepped off the ledge in despair.

Of all those you started with,
only you are still around;
only you have not been listed with
the defeated and the drowned.

So how could you ever win our respect?--
you, who had the sense to duck,
you, with your strength almost intact
and all your good luck.



From The Long Meadow by Vijay Seshadri.


Monday, May 31, 2004

Descobertas

Um amigo informa-nos que fez um blog. Vai daí, queremos dar-lhe ânimo. Descobre-se que, para tal, há que criar um blog! Mau! Mas o que não se faz por um amigo? Até se descobre que isto é (aparentemente)fácil. Manda-se a mensagem, vai-se trabalhar um bocado mas fica-se a pensar: já que se tem o espaço, e que tal escrever qualquer coisa?
O pior foi descobrir como fazê-lo! A duras penas (burrices, a cada um a sua...)já está.
E escrevinha-se, que blogar é giro, está na moda (blogas, logo existes)e é capaz de ser divertido.

O princípio de qualquer coisa?

O que se tem de fazer, para comentar um amigo!

Thursday, May 20, 2004

Emergente

Paris Hilton, a rica herdeira. Vai dar que falar.