Thursday, July 27, 2006

A "confortável" reforma de Alegre*

Sócrates solta as feras e depois disfarça-se de domador, ou de como se acertam contas no largo do Rato.
Assassinato político, berra-se do PS. E não poderiam dizer maior verdade, só que em vez de o gritarem para a rua, devem gritá-lo para dentro de "casa". Como carneirinho inexperiente, Marques Mendes caiu na esparrela. Ai se o ridículo matasse!
* até o poeta deu um preço à liberdade

«Entalados»

Um simples fait divers, que não mereceria honras de notícia como esta do Correio da Manhã, não se desse o caso destes ficheiros terem sido preparados para divulgação pública. Foi, no mínimo, falta de imaginação de quem os baptizou, para não referir a falta de gosto e a falta de tino. Amadorismo, que, se não fosse neste protectorado à beira-mar plantado, teria consequências. Aqui, só podemos dizer: para o ano há mais!

Tuesday, July 25, 2006

«Emprenhar pelos ouvidos»

A expressão é popular, e todos lhe conhecemos o significado, mas que seja a forma encontrada por um assessor de imprensa de um ministro do actual governo para responder a um email de um jornalista do semanário Expresso é, antes de tudo, falta do mais elementar bom senso. Primeiro, porque carece de sentido institucional, depois, porque é rude, finalmente, porque deixa a descoberto a estratégia de condicionamento da informação levada a cabo por Sócrates e seus indefectíveis.
A propósito do assunto, esta notícia do Expresso acaba por ser demolidora para o governo, apesar deste, ditatorialmente escudado na sua maioria, se estar borrifando para o que pensemos, ou deixemos de pensar, sobre estas ultrajantes atitudes do executivo.
Para quem viveu os dias negros da censura, e contra esta se rebelou, não é difícil identificar, nas socráticas sessões de exaltação e “venda” das acções milagreiras do senhor que ocupou São Bento, das mais infames manipulações do regime democrático pós-Abril. Do mesmo modo repugnam as manobras de silenciamento, obstrução e perseguição dos casos mais notórios de denúncias e críticas públicas ao governo. Que isto dói, e muito, a quem pensava ter-se esconjurado, de vez, a censura, é um facto, mas o que verdadeiramente nos deve meter medo, muito medo, é a tranquila indiferença com que o governo nos deixa conhecer esta estratégia, e dela se orgulha, como que atirando-nos à cara com a falta de respeito que lhes merecemos.
Nem a PIDE, nos seus áureos tempos, a tanto se atrevia. É ao ler coisas como estas que quase somos levados a pensar nas benesses da maldita hipocrisia.

Sunday, July 23, 2006

Let Love Go On


LET it go on; let the love of this hour be poured out till all the answers are made, the last dollar spent and the last blood gone.
Time runs with an ax and a hammer, time slides down the hallways with a pass-key and a master-key, and time gets by, time wins.
Let the love of this hour go on; let all the oaths and children and people of this love be clean as a washed stone under a waterfall in the sun.
Time is a young man with ballplayer legs, time runs a winning race against life and the clocks, time tickles with rust and spots.
Let love go on; the heartbeats are measured out with a measuring glass, so many apiece to gamble with, to use and spend and reckon; let love go on.

Carl Sandburg




Friday, July 21, 2006

O preço da liberdade de expressão

Sabe-se como a questão dos limites à liberdade de expressão em situações desta natureza pode ser uma matéria sensível, mas, apesar disso, cá para mim há uma questão prévia - se o governo entende que este sindicato não poderá ter os mesmos direitos, liberdades e garantias de todos os outros, por que razão não proíbe a sua existência? Assim, é que não.
Transparência, exige-se.

A "escola" das ministras da educação

Será "azar" das senhoras, será marca de uma "prendada" educação feminina, será coisa de "tias", mas o facto é que, mais tarde ou mais cedo, às ministras da educação lá lhes foge a boquinha para o disparate. Maria do Carmo Seabra, muito leve e muito solta, não considerou interessante uma ida ao parlamento. Agora, foi a vez da Maria de Lurdes Rodrigues não achar interessante o parecer da CNAES sobre os exames.
Interessante, senhora Ministra? Interessante? Não lhe ocorreu mais nada?
Não é por acaso que se anda às voltas com a paridade.

Thursday, July 20, 2006

É só empáfia...


Por oportunismo do governo, por ceder às pressões do país e da oposição, ou porque o chefe lhe apresentou um ultimato, lá foi a ministra da educação à AR.
Confesso, não tinha grandes expectativas quanto a explicações sobre o caos instalado nos exames nacionais, que a senhora abusa da prepotência e da falta de respeito por todos os que escapam ao seu alto juízo. Apesar desse cepticismo, ainda acarinhava a ideia de que, acossada pelas críticas e posta perante um desastre de tal dimensão, a inquilina da 5 de Outubro tivesse reflectido e nos brindasse com umas daquelas saídas airosas em que o governo, e ela própria, são exímios.
Afinal, o que vimos?
Uma mulherzinha muito mal educada (os deputados tiveram mesmo de lhe chamar a atenção, por estar ela em permanente diálogo com os outros membros da bancada do governo, enquanto eles se lhe dirigiam) arrogantemente muralhada num mutismo absurdo sobre as explicações que se impõem, titubeante nas intervenções (coxas) e politicamente desastrada. E tão incapaz se revelou, que o ministro Santos Silva teve que sair em seu socorro e fazer ele a intervenção final pelo governo, quase dando a impressão de ser, novamente, o ministro da pasta.
Esta prestação da ministra deixou a nu a personagem - incompetência camuflada de exigência, prepotência disfarçada de seriedade, desrespeito escondido sob uma falsa capa de rigor, fraqueza onde alguns querem à força ver determinação. Os professores e as escolas já sabiam com o que lidavam, agora só não sabe quem não quis ver.
Esta passagem de Maria de Lurdes Rodrigues pela AR foi, a todos os títulos, lamentável - porque se viu o chicote de Sócrates nas costas do grupo parlamentar do PS; porque, depois deste exercício, tudo ficará na mesma quanto aos exames e, sobretudo, porque a ministra nos merecerá cada vez menos respeito e confiança. E, sem respeito e sem confiança, só sobra o autoritarismo cego, que, se analisarmos bem, tem sido a única ferramenta que tem usado no exercício do cargo em que foi investida.

Wednesday, July 19, 2006

Favores, diz ela...

A teimosia da inquilina da 5 de Outubro permite este tipo de conjecturas, sobretudo porque falta à verdade na argumentação que usa. Por outro lado, há antecedentes, alguns conhecidos, como recordaram já comentadores neste blogue - o enteado de Maria de Belém, a filha de Martins da Cruz... Podemos imaginar que haverá outros de que não se fala...
Pois é, a ministra teria de explicar muita coisa, amanhã, no parlamento, mas isso era se não estivesse já accionado o sistema da geometria variável, para lhe chamar qualquer coisa menos crua!

A (in)eficiência do ME

Já diziam os antigos que a verdade é como o azeite, vem sempre à tona. As trapalhadas e incompetências do governo em matéria de educação, que têm aparecido mascaradas de eficácia e eficiência, começam a tornar-se visíveis fora do círculo das escolas e dos actores do processo educativo. Pena é que a maioria dos disparates que têm vindo a ser feitos por esta equipa acabem por piorar o que tanto precisava de remédio.

Explicações oportunistas

Quando o PSD, António Vitorino e mais os cidadãos ingénuos deste lugar mal frequentado em que habitamos se congratulavam por ter obrigado a ministra da educação a vir dar explicações sobre o caos instalado nos exames, eis que a verdade se descobre - o governo está mais preocupado em camuflar a discussão sobre o regime de mobilidade da função pública, do que em fazer aquilo que nunca faz, prestar contas dos seus erros, e a antecipação da ida da ministra à AR serve, às mil maravilhas, a estratégia de camuflagem do governo.
Se não é legítimo desconfiar que os erros dos exames foram premeditados para servirem de cortina de fumo às medidas impopulares que têm agora o seu calendário, já é admissível pensar que toda a gestão deste problema, em si mesma de uma ineficácia pouco habitual neste governo exímio em vender gato por lebre, poderá ter sido condicionada com esse objectivo.
E tem esta ministra o topete de vir pregar sermões sobre dignidade profissional!

Tuesday, July 18, 2006

Dia de Catá

"Para as crianças felizes, só para elas, existe realmente um céu - o céu dos seus primeiros anos." , Mário Sá Carneiro

As trapalhadas na educação somam e seguem...

Que a ministra desde sempre se esconde numa atitude de superioridade ofendida, para fazer de conta que faz bem o que não faz e o que faz mal, só não percebem os que nada sabem do que, realmente, se passa nas nossas escolas.
Que Sócrates bem deita a mão à ministra ao mesmo tempo que nos deita poeira para os olhos, nem estranhamos. Afinal, este é o estilo desta criatura que, com esperteza, reconheça-se, percebeu por que dizem os estrangeiros que os portugueses são burros, apropriou-se da manjedoura e dá-nos a palha que engolimos, dóceis e ainda agradecidos pelas migalhas.
Que na educação se instalou o caos e que pouco do que tem sido feito se aproveita para a melhoria do sistema educativo, é um facto, comprovável, se esquecermos os favores e fretes da comunicação social, se ignorarmos os comentários de alguns comentadores que escrevem para ficarem bem no "boneco" e, principalmente, se formos capazes de enfrentar o facto de que os interesses dos pais e os interesses do Estado relativamente à educação dos infantes lusos serão sempre antagónicos, pelo que quando ministério e pais aparecem de braço dado é porque o lobby dos pais venceu o governo, e nada do que efectivamente interessa para a melhoria do sistema educativo saiu de tal abraço.
As trapalhadas com os exames continuam, mas a ministra, com o frete dos deputados do PS, tem escapado a responder perante a nação. O PSD acordou tarde, demasiado tarde, mas essa é já a sua imagem de marca, Mendes style, ou uma oposição credível, como preferem, ele e o seu grupo, designarem a coisa. Com a rédea solta, do alto da sua "competência", o ME recusa responder sobre tamanha trapalhada e, acossado com pedidos de generalização da excepção aberta para os exames de Química e Física aos outros exames em que se verificaram erros, remeteu essa possibilidade para o próximo ano! Incrível, ficámos a saber que, não só não haverá consequências para os actuais responsáveis pelo caos, como o governo admite (ESPERA?) que os erros se repitam no futuro e aí, sim, abrirá as excepções todas, com "competência e zelo"! E tem a ministra o topete de criticar a falta de profissionalismo dos professores! Noutro país, estaria já na rua. Aqui, ainda a querem "vender" por competente! VERGONHA!
Entretanto, as trapalhadas com a organização do próximo ano lectivo continuam, com um despacho a contrariar o ECD ainda em vigor, "antecipando" as conclusões de uma negociação que ainda não se fez!!! Os conselhos executivos dispõem-se a executar as ordens despachadas, para não serem eles "despachados" e substituídos por outros (não é assim, Paulo?). Nem nos idos do velho botas, tamanha mistificação, servida de prepotência q.b., se faria melhor! VERGONHA!
E, de VERGONHA em VERGONHA, assim vai a educação neste país. E nós, todos caladinhos e mansos, como convém. Até quando?

Saturday, July 15, 2006

Trapalhadas educativas

No meio deste caos, o secretário de estado da educação, Valter Lemos, arranjou tempo para publicamente se congratular por o desastre a matemática ser ligeiramente inferior ao do ano passado, mas, para se pronunciar sobre esta trapalhada toda, nem se dignou atender o telefone. Compreende-sze que, já que meteu água, o governo instalado no ME tenha resolvido ir a banhos, e de óculos escuros, para passar despercebido. O que não se percebe é por onde andam todos os que, quando governa o PSD, fazem um escândalo por tudo e por nada que se passa no sistema educativo! Emigraram? Ou prometeram-lhes uns lotezitos lá para as bandas da OTA?

Calor de torrar miolos

O Presidente Cavaco foi andar de comboio e aproveitou para recomendar um profundo debate e análise a projectos que envolvem grandes investimentos financeiros, como o TGV. Nos apeadeiros da mensagem foi falando na necessidade de se analisar a relação custo/benefício desses projectos e não deixou de frisar que a rede existente serve muito bem percursos como Lisboa/Porto e Lisboa/Algarve. Sócrates não se ficou e já afirmou que o TGV vai avançar mesmo e que o debate se faz há 10 anos.
Uma semana passada sobre o fim da bola, será que vamos ter uma guerrazita para nos entretermos? Apesar do calor do tema, não me parece. Tudo não passará de uma tempestadezita tropical, bem própria da estação tola.

Thursday, July 13, 2006

O Estado da Nação (IV)

Se fosse um filme, mereceria um Oscar. É só uma crónica, mas nem com o Pullitzer poderemos sonhar, embora o merecesse. GENIAL, esta sauna de Pedro Mexia, no DN.
«O debate é cansativamente previsível. O Governo invoca a pesada herança, excomunga os pessimistas, anuncia a retoma económica e sublinha os ímpetos reformistas (disciplina orçamental, diminuição da despesa, inovação tecnológica, combate à burocracia e mais coisas ainda). A oposição insiste nas promessas incumpridas, nos fiascos fragorosos, na propaganda enganosa. Cada bancada aplaude e apupa estritamente o que lhe compete e apenas isso, lança dichotes e risadas, os clichés são em grande estilo Gato Fedorento (com metáforas futebolísticas e tudo). O nível geral é fraquinho. Embora estejam presentes dois políticos com grande estaleca (o frenético Portas e o gélido Louçã), a média dos discursos ouvidos é tão acutilante como (eis uma metáfora futebolística) Pedro Pauleta. (...) Chego a pedir interiormente a Sócrates que diga qualquer coisa de esquerda (como no filme de Nanni Moretti), para que eu o critique com convicção. Mas o máximo que Sócrates consegue é um remoque à General Motors. No mais, um reformismo sem ideologia e muita bazófia. Alguns coices à "esquerda conservadora e corporativa". E a ideia totalmente direitista de que se há contestação sindicial, isso é uma "homenagem ao Governo". »
Leiam o resto, e gravem, em ficheiro, em cd e em papel. Nas pedras da fachada da AR, também não ficaria mal, como aviso aos caminhantes.

O Estado da Nação (III)

Proclamação
Ano da graça de 2006 da era Simplex
governa Sócrates, o colérico
Tendo a aplicação da simplexificada cobrança do selo automóvel enchido as repartições de finanças de diligentes cidadãos, proporcionando alegres convívios de várias horas a muitas pessoas que, de outra forma, estariam solitárias e tristes, entendeu por bem o magnânimo governo prorrogar o prazo de tais eventos por mais quinze dias.
A bem da nossa simplexicada nação, divulgue-se.
(assinatura ilegível)

O Estado da Nação (II)

Portugal foi o país da União Europeia que, no primeiro trimestre deste ano, teve a mais baixa taxa de crescimento homóloga do PIB, de acordo com o Eurostat. Apesar da ligeira aceleração da economia portuguesa no início de 2006, o crescimento de 1% ficou ainda bastante abaixo da média de 2,2% verificada na União Europeia, e atirou-nos para o último lugar da tabela dos países da UE.
E, contudo, o Engº Sócrates não esmorece o optimismo. É uma questão de tempo, diz ele. Pudera, "tá-se" bem de primeiro-ministro! O povinho que vá gemendo, e quem vier a seguir que apague a luz.

O Estado da Nação (I)

Os exames, quem sabe se a soldo de monstruosa organização secreta de inconfessáveis desígnios oposicionistas, não se dão bem com os portugueses, está provado!
Mas, haja fé e esperança, que, apesar da extensão do desastre, o secretário de estado Valter Lemos veio recordar, congratulando-se com o facto, a ligeira melhoria dos resultados a matemática (menos 6 pontos percentuais de insucesso). Para um governo em estado de optimismo permanente, este é, sem dúvida, um potente farol ao fundo do túnel. Como poderemos nós, simples números nas estatísticas que a senhora ministra tão bem manipula, duvidar que está encontrada a poção mágica para a resolução dos problemas da educação? Avancemos, pois, cantando e rindo, rumo ao retumbante sucesso... lá para os idos de 2050!

Saturday, July 08, 2006

E pronto, acabou-se a festa!


A Alemanha salvou a honra do convento, com valor e uma Petit ajuda!

Friday, July 07, 2006

Gripe das Aves chega a Espanha...


... mas as nossas autoridades sanitárias dizem que não há razão para alarmes. Regista-se o tranquilo distanciamento com que os responsáveis nacionais acompanham esta cada vez mais próxima pandemia. Por alguma razão se terá provado que os portugueses são dos povos menos informados da Europa sobre esta ameaça à saúde pública.

Deixem-nos alguma coisa que nos alimente o pátrio ego

A ministra dos cabelos em desalinho proibiu a profanação (científica, diziam eles) dos ossos do Afonsão. E fez muito bem. Imaginem que nos saía um Afonsinho!

Mais 40 anos de abstinência

E logo agora que nos tínhamos habituado aos primeiros lugares! Como diz o anarca, neste país é carnaval todos os dias!

Thursday, July 06, 2006

La victoire aux pieds-noires


Houve um tempo em que o politicamente correcto se chamava hipocrisia social e se limitava à esfera familiar e social das classes mais altas. O bom povo dessa altura dizia na cara e berrava alto e bom som o que lhe inundava a alma e os jornais fervilhavam de queirosianas galhardias. Bons tempos, dirão os saudosistas. Aqueles que, como eu, apenas abominam o politicamente correcto, sobretudo quando acéfalo, podem não ir tão longe, mas têm alguma dificuldade em compreender certas reacções, muito «certinhas», ao resultado do Portugal/França.
Por partes: 1- o Campeonato do Mundo de Futebol é apenas isso, carece de sentido extrapolar, linearmente, a apreciação da prestação da equipa a outras áreas da vida nacional fora da respectiva modalidade; 2 – A selecção portuguesa provou, no Europeu e agora, ao chegar a esta fase do Campeonato, que já atingiu uma craveira que lhe permite ombrear com os maiores, sem complexos e com um domínio técnico inquestionável: 3 – O «feito» desta selecção, neste campeonato, corresponde ao investimento técnico-desportivo e ao nível de profissionalismo exigível, foi meritório e esforçado, a nível individual e colectivo, e alegrou, naturalmente, os adeptos, neste caso, a nação.
Posto isto, e indo ao que interessa: sem cair nos extremos de passar da veneração irracional à mais injusta ingratidão; sem cair na habitual dualidade dos bestiais do sucesso de ontem aos bestas do fracasso de hoje; sem procurar bodes expiatórios, a verdade é que afronta engolir o discurso politicamente correcto do «já foi muito bom chegar aqui», do «há quarenta anos que…», do «devemos estar agradecidos», ah e tal… e por aí fora. E afronta, sobretudo, porque esta é a pior forma de honrar o trabalho desta selecção e do seu treinador.
A verdade é que o nosso objectivo só podia ser um – trazermos o título para casa; se não conseguimos, falhámos; importa, pois, enfurecermo-nos com a derrota, identificar as causas do falhanço e superá-las, a qualquer custo, para sermos bem sucedidos no próximo campeonato. Discursos contentinhos, modestosinhos e caridososinhos, como o que fez Sócrates ontem em frente às câmaras de televisão, são um insulto à selecção nacional e aos portugueses, porque são o melhor caminho para um rebanho que engula, sem balir, simplexes, otas e praces, mas não são, decerto, o caminho que nos levará a sacudir a pobreza endémica que nos limita a inteligência, nos esvazia os cofres e nos corrói a exigência.
A verdade é, e importa enfrentá-la sem falsos pudores, que perdemos com a França à custa dos preconceitos do árbitro, não por falta de mérito nosso no jogo jogado, apesar da qualidade (e, no caso, nunca superioridade) da equipa francesa, que não se discute aqui. A verdade é, e impõe-se aceitá-lo, por muito que custe, que perdemos com a França porque os «grandes» jogam nos relvados, mas também fora deles, e aqui com a passividade e permissividade dos contentados «pequeninos».
Está de parabéns a NOSSA selecção, não porque chegou até aqui, o que era a sua obrigação, mas porque obrigou a França a ter uma vitória mais do que questionável, vergonhosa, até, se pensarmos como era desnecessário que assim tivesse sido. Está de parabéns Scolari, não porque foi capaz de imprimir profissionalismo e alma à selecção, como lhe competia, mas porque foi capaz de, no momento certo (o fim do jogo e derrota com a França), ser lúcido e honesto, e dizer o que havia a ser dito, sem deslocados rancores, ou palacianos rodeios.
E agora? A selecção e Scolari não merecem discursos politicamente correctos, compadecidos agradecimentos, ou ferozes ajustes de contas; merecem, apenas, que lhes exijamos que façam tudo para vencer a Alemanha, como excelentes profissionais que são. Uma selecção de futebol, no caso, esta NOSSA selecção, só poderá «puxar por nós», enquanto povo, se nós deixarmos de a querer puxar para o lodaçal de resignação acomodada em que teimamos em viver. Pelo que se viu, se a lição que Scolari e a sua selecção deram a este país não se perder entre socráticas alarvidades e oportunistas negociatas, no próximo Campeonato do Mundo lá estaremos, mais fortes ainda, para ganhar, dentro do relvado e fora dele, se for preciso. Sem contemporizações.

Saturday, July 01, 2006

Mais uma etapa vencida!

RICARDO

RICARDO

RICAAARDOOOO!!!!!!!

Empate no final da primeira parte


Crianças, vou à praia, que isto não está para cardíacos! Divirtam-se.

Convém não esquecer que o árbitro é...

... argentino!

Com uma perfeita repartição da posse de bola...

... 10 faltas e um amarelo para os ingleses contra 2 faltas e ausência de cartões para os nossos. Zero golos, pois é!

Dizem que a tradição já não é o que era...

... e São Maniche ainda não marcou...
Parafraseando VPV, o jogo está perigoso!

Demasiados nervos, de parte a parte

Primeiro quarto de hora - empate

England/Portugal



Love and Hate

Portugal, da esquerda para a direita

... talvez, quem sabe. Que os astros oiçam o Pinho Cardão!

Antologia

Epístola para Dédalo

Porque deste a teu filho asas de plumagem e cera
se o sol todo-poderoso no alto as desfaria?
Não me ouviu, de tão longe, porém pensei que disse:
todos os filhos são Ícaros que vão morrer no mar.
Depois regressam, pródigos, ao amor entre o sangue
dos que eram e dos que são agora, filhos dos filhos.

Fiama Hasse Pais Brandão

Com o país suspenso do jogo de amanhã...














... Freitas foi substituído, com oportunidade e clarividência.
Scolari faz escola.