Thursday, May 31, 2007

Este blogue faz hoje três anos




Por esta "aventura", o meu imenso obrigado ao meu querido amigo Anthrax!

No teu assento etéreo...




...
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva no colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,

Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!


Antero de Quental

Wednesday, May 30, 2007

Divas, preto no branco*


ava gardner


* ou a saudade do Cinema

Pope meets parents of Madeleine


«The parents of Madeleine McCann have met Pope Benedict in Rome and had a photograph of the abducted four-year-old blessed by him.» - BBC News
«They had a picture of their daughter blessed by the Pontiff and hope the visit will help find the missing four-year-old.» - Sky News

E a montanha...


... pariu um rato! Como se esperava! O PS, e Sócrates, agradecem. António Costa ainda mais.

Confiança política requisitada

Ainda a propósito do processo movido a Fernando Charrua pela zelosa Directora Regional do Norte, o socialista João Bernardo disse na Comissão Parlamentar de Educação que os professores requisitados para os serviços do Ministério da Educação devem "desenvolver uma política educativa de determinado Governo, neste caso do PS". Bom, pelo menos, a este fugiu-lhe a boca para a verdade. Neste entendimento, esperar-se-ia uma renovação acentuada dos professores que prestam serviço, em regime de requisição, nos vários organismos do ME, não se desse o caso de a maioria deles estarem nessas funções há largos anos, sendo figuras de proa do partido da rosa. Percebe-se, agora, por que razão os ministros da educação que não são do PS têm tido tão dificultada a vida? E, também, porque é que, na 5 de Outubro, só mudam as moscas?

Quando me interrogava sobre isto mesmo...

... vejo que alguém se antecipou. Aqui fica, do 31 da Armada, sobre o jogging russo do senhor licenciado em Engenharia: «o senhor em Lisboa não consta que corra entre a rua Castilho e São Bento, ou coisa que o valha». Pois é, o homem cá só corre no tapete rolante? É que ninguém o vê a promover a Nike, a não ser no estrangeiro. É caso para perguntar se o senhor declara ao fisco o cachet.

Tuesday, May 29, 2007

Ah ! ça ira, ça ira, ça ira!

Falando em greve geral, o Presidente veio, oportunamente, relembrar os direitos constitucionais. Não será por os ter esquecido que Sócrates, e seus seguidores, deixarão de colher as tão ansiadas informações sobre os grevistas. Camufladamente, claro. Aliás, antevê-se que o exercício governamental, subterraneamente operacionalizado por dirigentes diligentemente DRENianos, venha a ter consequências na mobilidade especial. Ou não foi essa ameaça que ficou no ar, deixada pelo próprio governo, quando avançou a ideia das listas de grevistas? São Bento não vai ficar apenas pela intimidação inconsequente, pois não?

A fazer fé nas sondagens que continuam a dar maioria absoluta ao PS...


... amanhã nem vamos dar pela greve geral.

Aferição e erros de ortografia

Os erros de português, nas provas de aferição, não contam. E depois, qual é a admiração? Trata-se, apenas, de uma exemplar prova do tão apregoado rigor do Ministério da Educação, sob a batuta de Maria de Lurdes Rodrigues!
Entretanto, a coberto dos discursos fanfarrões, fecham-se milhares de escolas do 1º ciclo, sem que se tenha notícia de melhoria nas escolas de acolhimento dos alunos desalojados, ou exista qualquer prova de que este processo de fecho coercivo, e cego, esteja a ser avaliado pelo ME, e que as consequências para os percursos escolares dos alunos atingidos estejam a ser monitorizadas, ou a merecerem mais do que os protestos egoístas e oportunistas dos caciques locais.
No sucesso das incoerentes acções do ME, nestes dois anos de governo socialista, só acredita quem quer, mas é, sempre, uma questão de fé, porque as provas estão aí, a desmentirem a propaganda oficial.

O estranho caso da busca de Maddie McCann

Neste triste acontecimento, o que espanta não é o rapto, infelizmente. Porque há centenas de crianças que desaparecem todos os dias, por esse mundo fora, num quase silêncio, perante o nosso impotente horror. O que se estranha é a repercussão desta tragédia, quase diríamos que tragicamente comum, e a mobilização de meios informativos, à escala global, que os pais, aparentemente do seu pacato reduto de férias algarvio, conseguiram trazer para a sua causa. Se pensarmos no pouco tempo em que os McCann conseguiram uma recepção no Vaticano, ou nos milhões que angariaram para prémio pelo encontro da menina, para já não se referir a paragem da vida profissional do casal, com a perspectiva de um périplo demorado pelo mundo, tudo espanta, neste caso. Quem está por trás desta gigantesca, e extraordinariamente bem conduzida, campanha? Porquê? Até quando? Até onde?
Não que a linda Maddie, como todas as outras crianças que desaparecem, e as suas infelizes famílias, não mereçam tal dimensão do esforço, dos meios, dos recursos, da solidariedade. Mas que espanta, porque não é usual, isso espanta.
Contudo, a Maddie ainda não apareceu. E depois dela, tudo será igual, para todos os outros?

Saturday, May 26, 2007

A ler

What It Means to Teach by Amy Demarest & Ellen David Friedman - artigo na Monthly Review.

Divas, preto no branco*

sofia loren
* ou a saudade do Cinema

Antologia

O que me encanta é a linha alada
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, passáro da água!

É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!

É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda

E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento...

Cecília Meireles

New York Gets Its Gehry



Ver mais, na Vanity Fair


O pulmão verde de Costa

Pois é, o ex-ministro diz ao que vem (aliás, é só para conseguir isto, que ele veio) - o aeroporto da Portela vai desaparecer e o da OTA vai nascer, contra ventos, sismos e marés! Para início de conversa intercalar, o ex-ministro sugere um pulmão verde, «complementado com um conjunto de actividades económicas não poluentes altamente qualificadas», no sítio onde hoje há pistas para aviões. Estamos mesmo a ver que, depois de ganhar a CML, o ex-ministro descobrirá que o pulmão verde que Lisboa já tem chega e sobra, sobretudo depois de erradicada a fonte poluente que era o aeroporto, ficando aberto o caminho para o aproveitamento do espaço apenas para as tais actividades económicas, altamente rentáveis para as continhas caladas de uns senhores da política que, se governar não sabem, sabem muito bem governar-se!

Vasco Pulido Valente, no Público

O Regime de Sócrates
Uma quinta-feira, à hora do almoço, o dr. Fernando Charrua entrou no gabinete de um colega, onde estava um grupo a conversar, e disse uma graçola sobre a licenciatura de Sócrates, que, em certas versões, é hoje promovida a "insulto". Um dos presentes resolveu diligentemente denunciar a graçola (ou o "insulto") à directora da DREN. Na segunda-feira seguinte, quando chegou ao trabalho, Fernando Charrua descobriu que tinha o computador "bloqueado", que lhe tinham lido o e-mail e que a directora, Margarida Moreira, lhe queria falar. Para quê? Para o suspender sine die, sem forma de inquérito, e para o prevenir (se "prevenir" é a palavra) de que seria sujeito a um processo disciplinar com a participação do Ministério Público. Fora o vexame e o dinheiro que já gastou com advogados, Fernando Charrua cumpre agora a "pena" num liceu do Porto. O "caso Charrua" não é um acidente. O que se passou não se passaria sem um conjunto de condições prévias. Primeiro, que a denúncia fosse considerada na DREN um acto meritório ou, pelo menos, recomendável. Segundo, que o denunciante contasse com a benevolência e a colaboração da dr.ª Margarida Moreira. E, terceiro, que a dr.ª Margarida Moreira julgasse agradar aos seus próprios superiores, perseguindo a dissidência política ou a sombra dela. Numa repartição normal os funcionários não se andam mutuamente a denunciar, nem os directores toleram a denúncia como método de "vigilância". Até porque a moral comum considera abjecta a figura do denunciante e a do polícia que age por denúncia. O que sucedeu na DREN é um sinal da profunda perversão do regime.Perante isto, Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu, espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça. Não chega. Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou, de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola ou um "insulto" a outro primeiro-ministro. O crescente autoritarismo do poder e o extravagante culto da pessoa de Sócrates, que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive e que inspirou o "caso Charrua". Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva (com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior. A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN, não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN

Pela 2ª vez esta semana...

... o Presidente da República fez reparos às trapalhadas do governo. Depois da "recomendação" a propósito do caso DREN, foi agora a vez de intervir sobre a polémica da OTA, defendendo «"um debate aprofundado" na Assembleia da República sobre a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa». É impressão minha, ou o Presidente tem vindo a engrossar a voz?
Para os que esfregam as mãos de contentes, com esta sugestão de atrito entre São Bento e Belém, convém recordar a consequência destes puxões de orelhas: para "segurar" a cooperação estratégica, o governo quererá investir nos domínios em que de Belém não recebe críticas, pelo que se deverá esperar um endurecimento nos cortes de pessoal na AP, no congelamento de carreiras, na restrição de benefícios sociais...

Para não duvidar da inteligência dos portugueses...

... prefiro duvidar das sondagens, que continuam a dar a maioria absoluta ao PS!
E, por falar em sondagens, este editorial é uma verdadeira peça de artilharia jornalística. Anónimo, pois claro! Ou pensavam que era só nos blogues, como, por exemplo, este?

Thursday, May 24, 2007

Não se podem enganar todos, sempre.


Os desastres sucessivos, que põem a nu as enormes fragilidades deste governo, só vêm provar que a famigerada grande capacidade de liderança de Sócrates é um mito! Só se confundiu quem não foi capaz de distinguir autoridade de autoritarismo.

Taxas moderadoras e violência doméstica

O decreto-lei nº 201/2007, de 24 de Maio, veio isentar do pagamento das taxas moderadoras as vítimas de violência doméstica. No seu preâmbulo, justifica a medida, assim:
«As vítimas de violência doméstica estão, sem dúvida, sujeitas a maiores riscos, já que a violência doméstica é o tipo de violência que ocorre entre membros de uma mesma família ou que partilham o mesmo espaço de habitação. Abordar o problema é delicado, combatê-lo é muito difícil. É verdade, no entanto, que a promoção de uma cultura de cidadania contra a violência doméstica e a protecção das vítimas impõem medidas concretas, designadamente a maior facilidade no acesso aos cuidados de saúde
No momento em que o ministro Correia de Campos ensaia retirar a isenção das taxas a crianças até aos 12 anos, e em que grupos sociais muito fragilizados vêem agravados os custos com a saúde, esta inclusão aparece como fashion, oportunista e questionável. Convém não esquecer que nem todas as vítimas de violência doméstica são pobres e carenciadas. Porquê, então, generalizar um direito que incorre em injustiça relativa, e contraria o princípio do reforço efectivo de justiça social no Sistema Nacional de Saúde, consagrado no Decreto-lei nº 173/2003, de 1 de Agosto?

«Um homem que se dobrou a si próprio nunca poderá endireitar os outros »*

Para os maldosos como eu, é impensável um dirigente de topo da Administração Pública meter-se num processo como o que está na origem do caso DREN, sem, pelo menos, ter informado a tutela. Custava-me, portanto, a crer, que a senhora Directora Regional do Norte tivesse agido na calada do seu reduto nortenho, com o objectivo de surpreender, e agradar, o governo. Duvidava que isso tivesse sido possível, mas começava a aceitar que o excesso de zelo da senhora poderia ter ditado tal comportamento. Por isso, achei que a tese da "inocência" do governo neste processo ganhou ontem algum reforço com as afirmações, na quadratura do círculo, de Jorge Coelho, que zurziu a dirigente com "mimos" de arrasar, só faltando exigir a cabeça dela numa bandeja de prata, e deixando apenas margem para um imediato pedido de demissão. Ora, depois da empolgada indignação do influente comentador do PS, vem hoje a ministra da educação dizer «que não tem "sinal ou motivo" para pôr em causa a decisão da Direcção Regional de Educação do Norte», no que parece uma (escandalosa) manobra destinada a apoiar e segurar a respectiva dirigente. AhAh! Aqui há gato! Estratégia combinada, para lidar com uma nega da senhora DREN em servir de bode expiatório? Ou o governo está enterrado nisto até às orelhas, e o bombeiro de serviço prefere sacrificar um peão (a desastrada senhora ME) a perder o jogo? Seja o que for, que corre nos bastidores, este caso DREN está ser desastroso para o governo, porque depois do que Coelho disse, a reacção da ministra da educação só pode ter uma leitura de encobrimento do disparate.
*Mêncio

Trapalhadas

Desde a crise da licenciatura do grande timoneiro, o governo perdeu o tino e a vergonha. Nem o governo de Santana Lopes conseguiu fazer tantas trapalhadas, em tão pouco tempo! Até quando vamos ter que aguentar este estado de coisas?

Novas rotas turísticas em Portugal

Corroios, Baixa da Banheira, Poceirão, Moita, Seixal...

Parece que andam para aí a dinamitar as pontes ...

... chamem os comandos!

Wednesday, May 23, 2007

A ler

Em excelente comentário a esta frase de Sócrates, a propósito do caso DREN: «Só tenho notícia desse caso pelos jornais e lamento o que aconteceu. Mas quero garantir aos portugueses que nem o Governo, nem alguma instituição deste país, deixará que alguém seja sancionado por uso do direito à liberdade de expressão», conclui o autor do post: «O que esta afirmação estranha do primeiro-Ministro revela, é algo bem mais simples e que parece o que é: este primeiro-Ministro quer mesmo garantir tudo o que lhe interessa garantir, principalmente o que instrumentalmente lhe serve para a boa imagem e a manutenção no poder pelo tempo mais longo possível. E quer garantir outra coisa bem mais prosaica e perigosa: a vontade de controlar tudo e todos, mesmo os que nunca poderá, de direito.Assim, a afirmação acerca do amor assolapado à liberdade de expressão, na retórica do costume, soa a falso e oco, porque os indiícios que vamos tendo, apontam na direcção oposta.E que ninguém se espante com esta declaração extraordinária. A aparência e a imagem, já tomaram há muito o lugar da essência, neste governo.Um primeiro ministro que comenta deste modo, um assunto lateral e relacionado com a pouca vergonha do seu percurso académico, perdeu o sentido do ridículo

Divas, preto no branco*

grace kelly
*ou a saudade do Cinema

O plágio dos gatos fedorentos


Devíamos estar preparados para o choque, afinal eles já tinham plagiado o "tal" cartaz do PNR! Agora, ficaram todos muito admirados, com o plágio do vídeo do malogrado Clo-Clo, mas não deviam. Quem plagia uma vez, plagia várias!

DREN, o eixo do mal (2)

As "camufladas" harpias do regime, numa vã tentativa de desviarem as atenções do culposo silêncio do governo, a propósito do cada vez mais tenebroso caso DREN, invocavam a intervenção presidencial, convictos que a cooperação estratégica lhes assegurava um conveniente silêncio do inquilino de Belém, com o qual poderiam assobiar para o lado. Enganaram-se. O Presidente Cavaco Silva «afirmou hoje que espera que “seja rapidamente esclarecida” a situação do professor da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) suspenso após comentar o caso da licenciatura do primeiro-ministro
Poderá parecer pouco, mas, para mim, o recado parece-me evidente: está na hora de o governo deixar de confundir autoridade com autoritarismo e maioria absoluta com poder absoluto. Os sinais não mentem - este episódio está a sair demasiado caro ao governo.
ADENDA: Repare-se na frase do Presidente: «Eu não sei o que disse [o professor] ou o que não disse. Se foi uma piada em relação a um político, como é frequente no nosso país, espero que o mal-entendido seja rapidamente esclarecido»; se aqui não há um forte puxão de orelhas ao culto da personalidade que Sócrates está a alimentar, não há mais nada!

DREN, o eixo do mal

Só uma mente altamente conspirativa (para não lhe chamar doentia) poderá imaginar que Fernando Charrua, com o seu comentário jocoso, feito na privacidade do gabinete de um colega, tendo como objecto o primeiro-ministro, iniciou, conscientemente, uma maquiavélica manobra para levar a ingénua Directora Regional a meter-se na "alhada" de uma colossal gaffe política, que pôs o governo socialista a braços com uma bola de neve de acusações de perseguição política, na imprensa e na blogosfera. E, no entanto, alguém inventou este mortal à frente, para justificar o injustificável, isto é, o que de pidesco tem este episódio, e o que ele demonstra: que existe, efectivamente, défice democrático neste governo e em altos responsáveis da administração pública, que o PS tão zelosamente nomeou.

Carmona candidato

Presume-se que animado pelos exemplos recentes de Isaltino e do major Valentim, mais ainda do que pela promissora sondagem da semana passada, Carmona lá se decidiu a avançar para a CML. Pelo menos, vai ter a oportunidade de responder, durante a campanha, e com igual visibilidade, às críticas que não deixarão de lhe ser feitas por todos os outros que se propõem sentar-se no lugar que era dele, até agora. Duvido que a sorte dos já referidos autarcas, impedidos de representar o PSD por Marques Mendes, mas vencedores nas urnas, venha a bafejá-lo, mas, se ficar vereador, a proximidade não deixará de concorrer para poder minimizar os danos, que o seu sucessor não deixará de querer fazer à sua gestão como presidente da CML.
Resolvida a questão utilitária de Carmona, temos as forças reequilibradas. Carmona "rouba" votos a Negrão, enquanto Roseta faz o mesmo a Costa. Pelos lados, pululam os pequenos hobbits recorrentes destas andanças. Antevê-se uma exótica salada pós-eleitoral, que será tudo o que menos convém à situação presente. Palavras para quê? É a política tuga no seu melhor.

Tuesday, May 22, 2007

Antologia

To Sensual Pleasure

My life's joy and incense: recollection of those hours
when I found and captured pleasure as I wanted it.
My life's joy and incense: that I refused
all indulgence in routine love affairs.

Constantine P. Cavafy

Professor Titular

A propósito da carroça e dos bois, que ontem por aqui mencionei, foi hoje publicado no DR o Decreto-Lei nº 200/2007, de 22 de Maio, que estabelece o regime do primeiro concurso de acesso à categoria de professor titular. Agora, compete ao Director do DGRHE autorizar a abertura do concurso. O suporte informático já antes disponibilizado, afinal, não estava a ser testado. Adiantou-se, por umas horas, ao enquadramento legal, mas esta idiossincrasia será o menor dos males deste "concurso".

«A política é a doutrina do possível»*

Com tanta abertura a movimentos de cidadãos, e assente na anunciada determinação de «ouvir as pessoas», a candidatura de Helena Roseta corre o risco de se tornar cândida. É pena.
* Otto Bismarck

Segundo a OCDE, Portugal cai mais um lugar no ranking da banda larga

É impressão minha, ou esta queda contraria a propaganda que nos massacra com as maravilhas do investimento do governo no famoso choque tecnológico?
Pensando melhor: deve ser incompetência dos técnicos da OCDE, que não compreendem a magnífica realidade portuguesa criada pelos milagres da rosa socialista...

É preciso ter muita lata!

Sampaio, ex-presidente da República, veio, sob as vestes de ex-presidente da CML, apoiar António Costa e, imagine-se, pede que não se julgue o governo, na eleição para a autarquia lisboeta. Só mesmo quem trata os portugueses como atrasados mentais pode vir pedir um absurdo destes. O PS é (des)governo, António Costa foi, depois de Sócrates, o ministro mais influente deste governo, com tutela directa em matéria autárquica, a sua candidatura surge justificada como a necessidade de ser uma candidatura forte, porque caucionada e impulsionada pela visibilidade do até agora ministro apaga fogos, e pede-se ao eleitor que, só no momento de votar, esqueça toda a carga de governamentalização desta candidatura? Francamente, nem mesmo o "sensível" e choroso Sampaio se deveria permitir ser submetido a tal ridículo! Ou será que a "fortaleza" da candidatura não tem muito tranquilos os governantes, que tão empenhados estão nela?

Divas, preto no branco*

marilyn monroe
* ou a saudade do Cinema

«20% dos alunos são vítimas de 'bullying' »

Será difícil inverter esta situação em escolas a braços com uma crescente diminuição de pessoal de apoio e com a redução drástica de equipas multidisciplinares. A verdade é que estes problemas estão, em grande parte, atirados para a responsabilidade, quase exclusiva, dos professores e órgãos de gestão. Enquanto os governos quiserem resultados sem darem os meios, e as associações de pais se sentirem mais vocacionadas para se constituirem como fiscalizadores dos professores, do que para cooperarem com as escolas na resolução destes problemas, as boas intenções apenas alimentarão o crescimento do número de vítimas.
E para quando o reconhecimento do direito das famílias, que assim o desejem, poderem optar por um ensino doméstico apoiado pelo sistema regular de ensino?

Ainda o tenebroso caso DREN

O silêncio, de quem já deveria ter dito alguma coisa, é ensurdecedor! E, não, não me refiro ao Presidente Cavaco Silva, para quem só se vira quem quer assobiar para o lado, refiro-me, sim, ao governo e à ministra da tutela.
A acção da Directora Regional do Norte embaraçou fortemente Sócrates e o governo, competindo a este, através da ministra da educação, actuar adequadamente, e com a rapidez que a gravidade deste episódio exigiria. Ao não o fazer, todo o governo se torna cúmplice, e a ministra da educação assume o rosto dessa conivência. Está a ser absolutamente desastrosa, a gestão deste lamentável episódio, que só amplia, com novos recortes, a saga da licenciatura do primeiro-ministro.

As promessas de Sócrates...

...digam os malandros dos seus inimigos o que disserem, cumprem-se. Vejamos: nos ardores da propaganda eleitoral, o Senhor Engenheiro Sócrates prometeu 150 mil novos empregos. Meia legislatura passada, e eis que metade da promessa está cumprida - 75 mil portugueses arranjaram emprego, em Espanha! Mas o homem também nunca disse que os tais empregos seriam cá, ou disse?

A carroça antes dos bois

Dizem-me que no site da DGRHE estão já os suportes necessários ao registo dos professores candidatos a titulares, para acesso à plataforma informática de suporte e obtenção de password.
Como, tanto quanto sei, o decreto-lei que regulará esta matéria ainda não foi publicado, ou a DGRHE está a trabalhar muito bem, ou alguma coisa estará muito mal. Se estamos perante testes levados a efeito pela DGRHE, para afinação dos suportes a utilizar futuramente, há que registar, com apreço, o mérito da cautela de um ensaio. Se estamos perante uma forma encapotada de acelerar o processo, iniciando-o ainda antes de existir o respectivo quadro legal, então algo continua a estar muito mal, no reino da senhora das estatísticas. Convém aos interessados ficarem muito atentos.

Sunday, May 20, 2007

Sol e sombra

O PS nunca brincou com os lugares de topo da Administração Pública - a maioria, e mais importantes, vão para as mãos de amestrados correligionários políticos; uns quantos, de segunda linha, para catequisados "independentes"; finalmente, uma diminuta selecção dos postos mais insignificantes, para filiados ou simpatizantes de outros partidos. O "padrão" é que estes últimos são, salvo raríssimas e honrosas excepções, muito incompetentes. Esta estratégia do PS tem-se revelado de tanto sucesso, que o PSD, quando é governo, por não querer fazer o mesmo, acaba mantendo o status quo. E assim se perpetua o poder socialista na AP, ora às claras, ora encoberto, mas sempre vivo e actuante. Depois de umas dezenas de anos, os resultados vêem-se. Por falta de inteligência, e porque o poder corrompe, a maioria absoluta só deu maior evidência à teia. É, contudo, tarde demais, para nós, que estamos presos nela.

CML

Desfeito o tabu de Portas (o rapaz é um humorista!), só falta mesmo a Zézinha para animar esta marcha de Lisboa!

Foi para acabarmos nisto, que lutámos pela liberdade?

Conheço mal Fernando Charrua, mas conheço o suficiente para saber dele algumas coisas, todas elas boas, sendo que, além do mais, é um senhor. Choca-me, portanto duplamente, a notícia: primeiro, por saber que está a ser vítima de perseguição política, apenas pelo atrevimento de ter feito um comentário jocoso sobre as peripécias da licenciatura de Sócrates, como o fizeram milhares de portugueses, decerto muitos do seu círculo político próximo; segundo, pela facilidade com que actuais dirigentes da Administração Pública, ao quererem apresentar serviço, de imediato se sentem legitimados para perseguirem e punirem um trabalhador, da forma como o fizeram com Fernando Charrua.
Pensando bem, que diferença existe entre este episódio e as tristemente célebres acções da PIDE, e dos seus diligentes agentes?

Thursday, May 17, 2007

Divas, preto no branco*


marlene dietrich
* ou a saudade do Cinema

Promessas de políticos! O que vale, é que ninguém as leva a sério...

«É um novo e ousado conceito de 'jobs for the boys'. A candidata anti-sistema do NEE ao Senado belga, Tania Derveaux, promete sexo oral em troca de votos. Mas tudo não passa de um protesto contra as falsas promessas dos seus rivais políticos» - no Sol.

Mandatários 2

Se a escolha dos mandatários indicia alguma coisa, Fernando Negrão já marcou pontos, ao ter ao seu lado Manuela Ferreira Leite.
Por outro lado, sabendo-se da amizade que a une ao Presidente, uma conclusão podemos tirar: Cavaco e António Costa divergem, profundamente, no que entendem por "rigor"!

Mandatários 1

Se a escolha dos mandatários indicia alguma coisa, já percebemos ao que vai o PS, na CML.
Júdice...(leiam, leiam), Saldanha Sanches...
A senhora do apito vai andar a assobiar para o lado, olá se vai!

Há uns arquidos mais arguidos que outros...

... para o gosto de Marques Mendes.
Gostos não se discutem, e, em política, desgostos, cada qual tem os que merece!

Diz o INE...

... que, no primeiro trimestre deste ano, o desemprego cresceu 0,7 pontos percentuais face a igual período do ano anterior, situando-se nos 8,4.
Ora, como neste país do socrático faz-de-conta, os dados do serviço nacional de estatística vieram estraçalhar o ramalhete, o governo não hesitou em desacreditar a qualidade técnica dos estudos do organismo oficial. Através do ministro do Trabalho, e de oportunos e instrumentais apoios à tese da desqualificação técnica do INE, que, depois disto, deveria fechar as portas, até que os seus quadros técnicos, e respectivos dirigentes, fossem bem sucedidos numa compulsiva frequência das Novas Oportunidades!

Wednesday, May 16, 2007

Para que as baias partidárias não constituam entraves à vivência democrática


Helena Roseta
A Declaração de Propositura de Candidatura deve ser entregue na Sede da Candidatura, Rua das Portas de Santo Antão, 84-90 (ao lado do Coliseu dos Recreios) das 9:30 ás 18:30

Será a UnI o Waterloo de Sócrates?

Nem com toda a parafernália de meios de baralhação de pistas que o governo e uma comunicação social domada lhe proporcionam, Sócrates se consegue livrar dos estragos que o passado de aluno e docente da Universidade Independente lhe colaram à pele.
O que responde, a tudo isto, o gabinete do Primeiro-ministro? Nada! É o respeito que lhe merecem os portugueses!
Rigor? Exigência? Transparência? - Eram palavras vãs, nos idos de 1996/1997, para o "jovem" Sócrates, estrela em ascensão no PS.
E agora? Ainda vamos continuar a levar a sério a cara sisuda, o modo autoritário, a pose orgulhosa e sobranceira desse senhor que está Primeiro-ministro e que, enquanto tal, está a causar a este país danos, que poderão ser irreparáveis? Em nome de quê? Por falta de alternativa? Fraca razão, que nem é verdadeira, se as baias das estruturas partidárias não constituirem entraves à vivência democrática.

Se Paulo Portas...

... estivesse verdadeiramente apostado na oposição ao que este governo tem de pior, e uma boa gestão da CML ainda constituísse para ele a prioridade que, no passado, tanto apregoou, apoiaria Helena Roseta. No mínimo, evitava a humilhação por que passa o PSD - ter que apresentar uma candidatura de recurso, perdedora, apenas para evitar a falta de comparência.

Fernando Negrão

O PSD contenta-se em marcar o ponto, na corrida à CML.
Será que Marques Mendes ainda pensa sobreviver a 1 de Julho? Só ligado à máquina, em morte cerebral.
ADENDA: Escreve o Manuel, na Grande Loja, um post muito esclarecedor, tanto, que me convenceu de que o que escrevi acima será resultado de "vista curta". A ler todo, mas do qual se releva a conclusão: «Ora, atendendo a que de Costa - o melhor da sua geração, nas palavras de Sócrates - se espera que esmague, e de Negrão ninguém espera um chavo, qualquer resultado que se desvie disto será uma esmagadora vitória de... sim, esse mesmo - Luís Marques Mendes, e uma enorme dor de cabeça para o PS.Num país político onde a única coisa (bem ou mal) que interessa é o resultado, Mendes não teve medo e arrisca tudo, e prova que é mesmo um político profissional. O resto são tretas

Sarkozy à l'Elysée


A França no bom caminho?
Se as palavras valerem mais do que para o discurso de ocasião, talvez.
Das exigências:
«Exigence de tolérance et d'ouverture parce que jamais l'intolérance et le sectarisme n'ont été aussi destructeurs, parce que jamais il n'a été aussi nécessaire que toutes les femmes et tous les hommes de bonne volonté mettent en commun leurs talents, leurs intelligences, leurs idées pour imaginer l'avenir.
(...)
Exigence de sécurité et de protection parce qu'il n'a jamais été aussi nécessaire de lutter contre la peur de l'avenir et contre ce sentiment de vulnérabilité qui découragent l'initiative et la prise de risque.
Exigence d'ordre et d'autorité parce nous avons trop cédé au désordre et à la violence, qui sont d'abord préjudiciables aux plus vulnérables et aux plus humbles
(...)
Exigence de rompre avec les comportements du passé, les habitudes de pensée et le conformisme intellectuel parce que jamais les problèmes à résoudre n'ont été aussi inédits
Dos compromissos:
«Je m'efforcerai de construire une République fondée sur des droits réels et une démocratie irréprochable.
Je me battrai pour une Europe qui protège, pour l'union de la Méditerranée et pour le développement de l'Afrique.
Je ferai de la défense des droits de l'homme et de la lutte contre le réchauffement climatique les priorités de l'action diplomatique de la France dans le monde. »

Saturday, May 12, 2007

Seara, Costa...

...como as escolhas dos dois principais partidos, para a corrida à CML, contradizem a ética que apregoam!

As crianças, Senhor!

É impossível desligarmo-nos do drama da pequena Maddie, explorado à exaustão por uns media divididos entre a ganância das audiências e o sentimentalismo dos seus profissionais. De tão saturados, e doridos, quase lamentamos que a infeliz criança não seja uma das milhares de outras crianças anónimas, que somem todos os dias, em todo o mundo, sem que a sua desgraça mereça contribuir para o nosso desconforto. Ao sofrermos por Maddie, somos forçados a recordar essas outras vítimas, que os media ignoram, como se o drama delas fosse inevitável, e, por isso, não mereça mais do que um número, numa qualquer estatística.
Triste mundo, este nosso, em que as crias do homem têm tão pouca importância. Da generalizada, e acomodada, liberalização do aborto, à violência física, mental e sexual exercida pelas famílias sobre as suas crianças; do tráfico e escravidão sexual de menores, ao seu rapto e morte para colheita de órgãos; da utilização das crianças como soldados, a outras formas "menores" de abusos, como a pornografia, a pedofilia e a exploração do trabalho infantil, cresce, incontroladamente, a ameaça à vida e segurança das nossas crianças. Ameaça a que assistimos todos, condoídos e compassivos, mas indiferentemente conformados. E, se os media continuarem a banalizar estes casos, forçando a nossa habituação aos limites do terror progressivamente mais hediondo, pouco mais restará, entre as inocentes vítimas e os seus abusadores, do que o Olhar misericordioso de Deus e, talvez, os cheques que Oprah Winfrey paga a quem prender e punir esses criminosos.

Divas, preto no branco*


rita hayworth
* ou a saudade do Cinema

Novas Oportunidades

«Para Cavaco Silva o Novas Oportunidades é um «desígnio nacional», cujo êxito é muito importante para o desenvolvimento do país.»

Friday, May 11, 2007

E por falar em lápis azul da censura...

Escrevendo sobre a fúria controleira da ERC, no DE, Ricardo Costa não se inibe de pôr o dedo na ferida:

Competitividade não é connosco

Descemos de 37.º para 39.º lugar, na tabela da competitividade, elaborada pelo Institute for Management Development (IMD), mas o governo, através do amestrado Zorrinho, desvaloria o retrocesso, sobretudo pela incompetência dos técnicos estrangeiros, que não usam os indicadores adequados para avaliarem a situação portuguesa! Também o ministro das finanças tem por hábito desvalorizar as más notícias com a eterna desculpa de que os técnicos das instituições internacionais não compreendem a magnífica e pujante realidade portuguesa. Curiosamente, a competência dos técnicos nunca é posta em causa, quando as notícias ajudam à propaganda governamental! Os tiques destes governantes começam a evidenciar bem o modelo em que se inspiram, e como adorariam os heróicos tempos do fatídico lápis azul. E um tarrafalzito até que fazia jeito...

Costa na CML?

Marques Mendes deve respirar de alívio, pois finalmente pressente uma luzinha ao fundo do que se antevia ser o longo túnel do poder socialista. Os sinais não enganam: a inatingibilidade de Sócrates começa a estilhaçar.

Divas, preto no branco*


katherine hepburn
*ou a saudade do Cinema

Antologia

Je vous aime, vous... pour l'amour de Dieu, parce que vous êtes mon prochain, parce que vous êtes l'un de mes proches. Sans l'amour de Dieu, je ne vous aimerais pas, vous ne m'êtes pas sympathique.

Je vous aime, vous... parce que vous êtes bon, parce que vous êtes sage, parce que vous agissez bien..., parce que... parce que... parce que...

Je vous aime, vous... parce que vous êtes malheureux. Si vous ne l'étiez pas, je ne songerais pas à vous, et quand vous ne le serez plus, je vous oublierai.

Je vous aime, vous... parce que vous pensez où je pense, voulez où je veux, aimez où j'aime et qu'il y a entre nous deux cette merveilleuse harmonie.

Je vous aime, vous... parce que ça me fait plaisir.

Et vous, je vous ai aimé, vous seul, parce que je ne pouvais pas m'en empêcher malgré le mal que vous aimer m'a fait. Je vous ai aimé sans voir, sans savoir, sans vouloir, sans pouvoir...


Marie Noël

Blair

A Europa vai sentir-lhe a falta. Sarkozy não desperdiçará a oportunidade de capitalizar a sua ausência, no que poderá ser muito ajudado, se o sucessor de Blair se conformar à governação complexada para que o querem empurrar.

Thursday, May 10, 2007

Jogada de antecipação? Inside information?

Não me parece. Portas, o Paulo, é tudo menos ingénuo e sabe bem que Sócrates segura qualquer ministro debaixo de fogo, e que muito menos irá remodelar o governo "por exigência" da oposição. Sabendo ele isso, como se justifica que exija a saída de Manuel Pinho (Economia), Isabel Pires de Lima (Cultura), Jaime Silva (Agricultura), Correia de Campos (Saúde) e Nunes Correia (Ambiente)? Abrir caminho a outra(s) saída(s) menos previsível(eis)? Criar o ruído necessário à fixação do elenco governamental, quando algumas vozes sugerem uma remodelação prévia à Presidência da UE? O contexto do comunicado, com farpas ao PSD, até poderia tomar-se por uma subterrânea coligação de interesses com o PS, não fosse o caso de estar mais de acordo com o tacitismo de Portas pretender segurar um lote de ministros com queda para a asneira, afinal a matéria-prima necessária para colorir a sua oposição.

Wednesday, May 09, 2007

Com a CML de rastos...

... perfilam-se mulheres para a governar. Será desta?

Até à medula!

A publicidade dada à doação de medula feita por Sócrates acaba por constituir um mau exemplo, tamanha é a trafulhice processual envolvida, e o provincianismo e esperteza saloia que o oportunismo da sinistra personagem revelam.
Vergonhoso, servir tão mal uma tão boa causa.

Recuperando o tempo perdido

Madame Ségo riu-se muito no discurso da derrota, não cumprimentou o vencedor, antes deixou no ar como que uma ameaça à futura actuação do Eliseu. Mau perder! Nessa noite, se elegância houve em Madame, ficou-se pela toilette.
....
O Alberto João obteve a sua segunda mais expressiva votação. Inventem-se as razões mais disparatadas para o facto, mas o resultado deveria merecer uma leitura inteligente pelos partidos com assento no Parlamento.
...
A CML é hoje uma dor de cabeça para Marques Mendes, mas não o é menos para o PS. Se o partido do governo receou eleições há seis meses, agora só tem razões para se arrepender dessa hesitação.
...
O 25 de Abril deste ano avançou, finalmente, no calendário. Já não era sem tempo, limpar as teias de aranha e rejuvenescer a comemoração do momento, mas não devemos escapar à nomeação de um comissário para preparar a grande festa da juventude do próximo ano...

Thinking Blogger Awards

Por sorte, o "apagão" do Crackdown poupou-me à difícil tarefa de elaborar uma X List, tantos são os blogues que me fazem pensar . Assim, limito-me a pedir desculpa ao Anthrax, ao Miguel, aos Republicanos, aos rapazes da Armada, ao Anarca e aos Blasfemos, pela utilização intensiva, e abusiva, que faço dos seus espaços de reflexão!

E entretanto...

... com o "apagão", escaparam-me dois momentos relevantes na vida deste blogue: o primeiro, ser nomeado na lista dos Thinking Blogger Award, nada mais, nada menos, do que pelo Anthrax, meu querido amigo e mestre, e pelo Miguel Pinto, incontornável OutrÓÒlhar sobre a educação, e não só; o segundo, uma referência a um post do Crackdown no jornal Público, que não vi, mas que a Sininho deixou referida em comentário. Não há dúvida que foi um apagão azaradamente selectivo!

Intermezzo

Forçado!
Conclusão:vive-se mal sem a blogosfera; (quase) não se sobrevive sem internet!