A expressão é popular, e todos lhe conhecemos o significado, mas que seja a forma encontrada por um assessor de imprensa de um ministro do actual governo para responder a um email de um jornalista do semanário Expresso é, antes de tudo, falta do mais elementar bom senso. Primeiro, porque carece de sentido institucional, depois, porque é rude, finalmente, porque deixa a descoberto a estratégia de condicionamento da informação levada a cabo por Sócrates e seus indefectíveis.
A propósito do assunto, esta notícia do Expresso acaba por ser demolidora para o governo, apesar deste, ditatorialmente escudado na sua maioria, se estar borrifando para o que pensemos, ou deixemos de pensar, sobre estas ultrajantes atitudes do executivo.
Para quem viveu os dias negros da censura, e contra esta se rebelou, não é difícil identificar, nas socráticas sessões de exaltação e “venda” das acções milagreiras do senhor que ocupou São Bento, das mais infames manipulações do regime democrático pós-Abril. Do mesmo modo repugnam as manobras de silenciamento, obstrução e perseguição dos casos mais notórios de denúncias e críticas públicas ao governo. Que isto dói, e muito, a quem pensava ter-se esconjurado, de vez, a censura, é um facto, mas o que verdadeiramente nos deve meter medo, muito medo, é a tranquila indiferença com que o governo nos deixa conhecer esta estratégia, e dela se orgulha, como que atirando-nos à cara com a falta de respeito que lhes merecemos.
Nem a PIDE, nos seus áureos tempos, a tanto se atrevia. É ao ler coisas como estas que quase somos levados a pensar nas benesses da maldita hipocrisia.
A propósito do assunto, esta notícia do Expresso acaba por ser demolidora para o governo, apesar deste, ditatorialmente escudado na sua maioria, se estar borrifando para o que pensemos, ou deixemos de pensar, sobre estas ultrajantes atitudes do executivo.
Para quem viveu os dias negros da censura, e contra esta se rebelou, não é difícil identificar, nas socráticas sessões de exaltação e “venda” das acções milagreiras do senhor que ocupou São Bento, das mais infames manipulações do regime democrático pós-Abril. Do mesmo modo repugnam as manobras de silenciamento, obstrução e perseguição dos casos mais notórios de denúncias e críticas públicas ao governo. Que isto dói, e muito, a quem pensava ter-se esconjurado, de vez, a censura, é um facto, mas o que verdadeiramente nos deve meter medo, muito medo, é a tranquila indiferença com que o governo nos deixa conhecer esta estratégia, e dela se orgulha, como que atirando-nos à cara com a falta de respeito que lhes merecemos.
Nem a PIDE, nos seus áureos tempos, a tanto se atrevia. É ao ler coisas como estas que quase somos levados a pensar nas benesses da maldita hipocrisia.
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