Soares, com aquela característica que os mais velhos têm de lhes fugir, frequentemente, a boca para os seus mais íntimos pensamentos, confessa no Público que reconhecerá a legitimidade de um Cavaco eleito presidente, se as eleições «forem limpas». Ora, um homem com o passado de Mário Soares não pode dizer isto e muito menos ameaçar que a «limpeza» das eleições se discutirá depois de 23 de Janeiro. Sabendo-se como as pessoas menos «transparentes» julgam os actos dos outros a partir do que seriam capazes de fazer nas mesmas circunstâncias, e se recordarmos um ameaçador Jorge Coelho a avisar para o perigo de fraudes nas últimas legislativas e autárquicas, ouvimos Mário Soares e começamos a ter medo, muito medo. Do que eles são capazes de fazer, se tiverem oportunidade. E têm-na!
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