Sunday, December 04, 2005

Faltar à palavra (II)*

Em Amarante, Soares disse que Portugal «não sairá da cepa torta» se escolher um candidato «que só sabe de economia e finanças». Como Cavaco Silva é o único dos candidatos que é uma autoridade nestas matérias, é legítimo concluir a quem Soares se referia. Presume-se que, para o velho senhor, a cepa se endireite com Portugal a tornar-se o principal exportador de versos dos Lusíadas. Conhecendo-se a capacidade de imitação asiática, é bom começar a acautelar a genuína origem do salvador produto.
*Soares tinha afirmado que deixava de atacar Cavaco.

3 comments:

crack said...

Caro Pinho Cardão
A intenção destes simples posts é, precisamente, mostrar como, para Soares, a palavra dada equivale a zero.
E nem é preciso ir à sua história de vida, que é essa está recheada de exemplos do que é, para alguns, ter perfil "político".

Anonymous said...

Caro amigo:

Postas as coisas nestes termos, a discussão fica inquinada... Mas sempre lhe recordo que, se for por esse caminho, não se esqueça do Prof. Doutor Francisco Louça, esse, sim, com obra académica publicada - inclusivamente no estrangeiro.

A.

crack said...

Caro A
Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber o seu comentário, levando à conta da sua falta de tempo o ter saltado etapas entre as suas duas frases, o que fará com que a segunda não decorra da primeira. Entendido assim:
- quanto ao inquinar da discussão: Soares é que afirmou solenemente que passaria a não atacar Cavaco(o que só lhe ficaria bem, diga-se)e, logo a seguir, foi incapaz de cumprir o que prometera; se alguém manchou a sua reputação foi o avô da Pátria (esta Alegre referência agora cai bem); azar o dele, que está pueril e não anda nada bem aconselhado. :))
- sobre a produção literária de Louçã (que não vejo o que vem fazer ao caso, muar que estou), se o que quer dizer é que o melhor critério de escolha de candidato a PR é um Prof muito dado à produção científico-literária, então resumíamos a coisa a Louçã à esquerda e Cavaco à direita, e pronto, mandávamos os outros para casa. Que tal?