A Senhora D. Lurdes, inquilina do 13º andar do nº 107 da Av. 5 de Outubro, muito agastada com as reacções às suas descabeladas afirmações sobre as decisões do Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada, nos Açores, resolveu dar uma conferência de imprensa em que, pasme-se, justifica a sua gaffe com o nervosismo que uma pessoa normal, mesmo ministra, sente em situação de stress por ter de falar de improviso. Como repetidamente disse, um Ministro é, afinal, apenas uma pessoa normal.
Ora bem, minha querida senhora, algumas notinhas soltas:
- estava a Ministra da Educação a prestar declarações no jornal da SIC, sentada em estúdio, quando proferiu os disparates; IMPROVISO? então, quando aceitou o convite para ir falar à televisão, não percebeu que teria que falar deste assunto? Ou percebeu e não se preparou? Ou aquela resposta foi a melhor que os assessores do governo lhe prepararam e não teve a inteligência suficiente para perceber que era «borrada»? IMPROVISO, uma ova!
- depois, minha senhora, nos nossos tempos um ministro não pode ficar nervoso por ter que falar com a imprensa, não numa época como a nossa, não na sociedade da informação e da comunicação em que vivemos; uma professora/investigadora em sociologia das organizações não pode deixar de saber isto; se sabe, foi venal ao aceitar um cargo para o qual não tem capacidades; se não sabe, é tão incompetente que não poderia ter sido convidada para o cargo que exerce.
- quer que pensemos em si como uma senhora de meia idade, gordinha e atrapalhada com os holofotes a que, voluntariamente, se submeteu? se quer, revela ser uma mistificação, ao querer passar por aquilo que não é; se não quer, e na conferência de imprensa deixou vir ao de cima o seu verdadeiro eu, então vá para casa, tricotar meias para os refugiados do senhor engº.
D. Lurdes, tenha vergonha nessa cara que mostra bem a «madeira» de que é feita: poupe-nos e respeite-nos. É o mínimo que lhe podemos exigir!
No comments:
Post a Comment