Bem pode o presidente da Associação Sindical de Juízes pedir a Sampaio para não ficar calado perante os dislates da Ministra da Educação, que o inquilino de Belém gastou a voz com a banca. Sócrates também se fecha em copas, enquanto a senhora soma e segue. Estas disparatadas declarações da Ministra só são comparáveis, se bem que muito piores, ao tristemente célebre comentário da ex-Secretária de Estado da Educação, Mariana Cascais, na AR. E todos sabemos bem como, depois da sua morte política, a permanência de Mariana Cascais em funções governativas só serviu para vampirizar a equipa de David Justino.
Quando perceberá o Governo que esta equipa da 5 de Outubro está já ferida de morte?
Em apenas 100 dias foram os disparates com a educação sexual, a falta de diálogo com os parceiros (representantes dos alunos e dos professores), a mudança de cadeiras por razões de natureza estritamente política, é a paragem de dossiers de vital importância, nomeadamente o da mobilidade dos professores, foi agora o afrontamento da classe docente com ameaças de procedimento disciplinar contra o direito à greve. Somem-se-lhes as guerras intestinas entre as secretarias de estado, que não se entendem, e, finalmente, esta inqualificável trapalhada a que nenhum membro do governo pode dar-se ao luxo, sem pedir, de imediato, a demissão, e temos um barril de pólvora numa área estruturante do nosso presente e, ainda mais, do nosso futuro colectivo.
O Governo joga na memória curta das pessoas e acha que dentro de dias tudo estará esquecido. Talvez lhe desse razão, se o que pretende é uma ministra que mais não seja do que uma ama de chaves, comissária política. Mas se o que quer é mudar a educação, então deverá, primeiro, mudar de ministra.
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