Que Sampaio foi sempre um fraco que só fala grosso a espaços e, geralmente, sem razão nem oportunidade, já todos os portugueses sabem. Que os seus mandatos foram uma cruz que todos tivemos que carregar, também não é questionável. Com a tradicional bonomia nacional, sairá da história pela lateral baixa, ficando para o anedotário nacional por ser um marido mandado, um chorão incorrigível e o presidente de apenas alguns dos cidadãos da república.
Sobre as incapacidades do Jorge não vale a pena demorarmo-nos muito, até porque está de partida. Agora arrotou mais umas bacoradas, acusando as «campanhas de crédito ao consumo dos bancos que, considera, constituem verdadeiros embustes aos pobres e indefesos consumidores».
Esqueceu o senhor que deveria estar calado, sabendo-se que o Estado se tem comportado como a mais incauta das famílias consumodependentes. Sobre isto, escreve Pedro Marques Pereira , no DE:
«É preciso construír uma nova estrada, ir passar férias a Bora Bora, alcatroar umas estradas, fazer obras em casa ou apostar num novo aeroporto? A solução não é muito diferente. Faça-se agora, vá-se pagando depois. E quanto mais tarde, melhor.No caso das famílias como no do Estado, é certo e sabido que a factura acabará por chegar, mais cedo ou mais tarde. O único embuste é o de quem se engana a si próprio, fingindo acreditar que as leis da vida e da dívida apenas se aplicam aos outros.»
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