No seu livro « Educação - Mudar é possível - O que falta? Recursos ou políticas?» Abílio Morgado, ex-Secretário de Estado da Administração Educativa no XV Governo, dedica um capítulo à crise do concurso de 2004/2005. Nele, caracteriza o novo modelo de concurso de docentes aprovado pelo Decreto-Lei nº 35/2003, de 27 de Fevereiro, como «uma importantíssima reforma estrutural da educação, de há muito necessária e reclamada».
Para além da desburocratização e simplificação de procedimentos, da coerência do modelo de colocação de educadores e professores com o princípio da carreira única e da maior transparência, justiça e racionalidade da oferta de emprego, explica o ex-governante terem estado subjacentes ao modelo objectivos de valorização da qualificação profissional, diminuição da dimensão da mobilidade anual de docentes dos quadros e permitir uma verdadeira gestão de recursos humanos docentes.
Com estes pressupostos, conclui:
« O novo modelo de concurso de educadores e professores não pode, pois, ser analisado apenas numa perspectiva estática, na medida em que lhe está subjacente uma opção estratégica, isto é, uma dinâmica, absolutamente fundamental para a reforma do sistema educativo. Esta realidade tem sido completamente esquecida.»
Tem?
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