É, segundo a Ministra da Educação, a realização dos exames nacionais do 9º e do 12º ano, o que, na opinião dela, justifica a convocação de serviços mínimos.
A doutrina diverge, e o próprio Secretário de Estado da Educação admite que os exames poderão ser realizados mais tarde! Quanto à coerência da equipa governativa estamos conversados; quanto à honestidade subjacente à medida, também. Será caso para dizer, inadiável, mas pouco...
Independentemente da vitória deste braço de ferro poder pender para a 5 de Outubro (e vai pender, que a ameaça é séria e a classe docente não prima pela coesão), uma coisa é certa: esta equipa já conseguiu pôr professores e escolas em pé de guerra com o governo.
Pergunta-se: é com estes professores que o governo espera fazer a mudança que é imprescindível concretizar na educação? Como? À força de ameaças de procedimentos disciplinares? A chicote?
O Engº Pinto de Sousa poderá ficar certo de uma coisa - esta equipa já não conseguirá mobilizar a classe docente, apenas irá gerir o quotidiano e impor reformas por decreto. Não é, certamente, o que se esperava, muito menos é o que se precisa. É, apenas, mais uma oportunidade desperdiçada.
2 comments:
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!
António Aleixo
Embora reconheça nos professores algumas razões para esta luta parece-me excessivo e até um pouco chantagista a convocação de greves para altura de exames. Isso irá prejudicar mais os alunos do que o Ministério e não me parece correcto.
Post a Comment