Pela mão de Jorge Coelho, na quadratura do círculo, surge uma veemente e dura chamada à responsabilidade da escola, na emergência e manutenção de situações que propiciam e alimentam a marginalidade dos adolescentes e jovens responsáveis pela criminalidade urbana e suburbana, de que o arrastão de Carcavelos foi um preocupante exemplo.
A propósito, duas constatações interessantes, que têm a ver com a conhecida estratégia coelho, ou efeito bulldozer:
- os professores estão em luta, as escolas em ebulição? pois há que destruí-los já na opinião pública; como a população tem medo do arrastão, apontam-se os culpados a dedo, esses malandros, mandriões e ineficientes professores, carregados de mordomias e que não cumprem as suas obrigações; dá-se sangue à populaça, manieta-se a classe docente em luta.
- antes que alguém se lembre de perguntar como podem os pobres professores aguentar estes adoráveis «querubins» dentro de escolas, sem os meios necessários para enquadrar e dar resposta a alunos a viverem já na esfera da marginalidade, vira-se o bico ao prego e grita-se: alto, os angelicais meninos são as inocentes vítimas de uma escola que os exclui e marginaliza.
Assassina e eficaz, a estratégia.
Pois é, o outro bem dizia: habituem-se!
1 comment:
Não saberá o que me custa concordar com o que disse!
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