Ontem, comentava aqui que não tinha visto acções de movimentos de cidadãos, do governo, ou das forças políticas, dirigidas a uma efectiva protecção de crianças em risco, em ordem a tornar mais seguro o presente e o futuro de muitas crianças portuguesas.
Hoje, lendo o Público, constato que o Ministro da Justiça defendeu ontem, em cerimónia alusiva ao dia, que o Estado deve proteger melhor as crianças. De palpável, deixou a promessa de que «daqui a algum tempo» divulgará o que pode ser feito nesse sentido. Para já, entende que há que «aumentar a responsabilidade do Ministério Público». Sobre a acção deste no triste caso Vanessa, assobiou para o lado.
Por sua vez, o Ministro do Trabalho e da Segurança Social, também em celebração da efeméride, afiança que vai reforçar as CPCJ com mais 120 a 130 novos técnicos permanentes, alegadamente para «colmatar a falta de especialistas capazes de acompanhar os menores em risco».
Tudo isto, mesmo que fosse uma acção determinada e uma efectiva preocupação do Governo, seria POUCO, MUITO POUCO! A ligeireza e a desarticulação das intervenções e, sobretudo, das medidas anunciadas, denuncia a inexistência de um projecto concreto e mais não parece, no primeiro caso, que o habitual ritual de desresponsabilização, e no segundo,uma forma, encapotada, de arranjar lugares para a volumosa clientela PS.
Pelas crianças em risco, espero poder registar aqui, dentro de um tempo, que me enganei. Mas, infelizmente, não tenho muitas esperanças.
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