Por muito boas intenções que haja dos ministros da União num compromisso de maior ajuda, ou do plano da ONU para reduzir a pobreza mundial, para metade, até 2015, os insucessos do passado fazem temer que tudo não passe de uma nova onda de solidariedade internacional, para ficar bem na fotografia da Cimeira do G8, como contraponto de alguns cancros que, na cena política internacional, se tornam cada vez mais difíceis de explicar.
O novo Plano Marshall para África, auxiliado pela visibilidade que a questão mereceu com a intervenção de Bono Vox, que esteve esta semana com o Presidente da Comissão, o nosso ex-MNE e perfeito conhecedor do pesado dossier Africa, parecem alimentar uma nova esperança, que renasce a cada investida de solidariedade, como uma nova canção que depressa se esquece. Entretanto, a pobreza endémica tem vindo a duplicar, quase generalizadamente, em todos os países africanos.
O mundo acabará por perceber que o seu equilíbrio passa por ser capaz de resolver a miséria do continente africano. Não pode é demorar muito, sob pena de comprometer, irremediavelmente, o seu próprio desenvolvimento.
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