À Isabel e ao Miguel, pelos posts e comentários que produziram sobre o debate de ontem no prós e contras.
Pelo que me toca, confesso que não tenho muita paciência para gastar tempo com causas perdidas e esta equipa da educação está claramente perdida, porque quer resolver os problemas do sector a partir de premissas falsas, contra os profissionais e não ouve. No debate de ontem foi isto evidente e, perante o autismo da ministra, quase perdoamos a indigência argumentativa dos sindicatos, a prosápia ignorante do representante dos pais e a prestação folclórica da docente aposentada, fazemos justiça a David Justino e julgamos encontrada a luz ao fundo do túnel na lucidez de António Nóvoa.
Santana Castilho, não se referindo propriamente ao debate, faz hoje no Público uma síntese brilhante sobre os temas que lá estiveram na mesa. Termina assim:
«A ministra da Educação tem vários problemas, que a tornam cada dia menos desejável para o cargo. São todos eles problemas de percepção da realidade. Não sei se por ignorância intrínseca, se por obliteração socrática.»
Está tudo dito!
8 comments:
Caro Crack
Obrigada por ter lido o meu comentário no blog do Miguel e pela visita ao meu. E verifico pelo seu post que as minhas "metáforas" visuais (sempre tão subjectivas) estão "legíveis" :)
Cara IC
Mais do que legíveis, mortíferas, porque nos atingem como murros, mas com toda a leveza e bom gosto.
a citação de Castilho é deliciosa
Caro Miguel Sousa, todo o artigo é absolutamente imperdível. Contudo, e apesar de ter, inquestionavelmente, uma informada e lúcida visão do estado da arte, Castilho está completamente arredado de todos os debates sobre educação. Estranho, não é?
Pois eu acho que foi uma desilusão e perda de tempo debater a Educação sem que um único dos inervenientes fosse efectivamente um professor no activo...
António Nóvoa pode saber alguma "coisa" de educação, mas, certamente, não sabe "sentir" a profissão...
Caro Miguel
Já imaginou o que seria levar ao programa um professor no activo, daqueles que sabem o que fazem e o que dizem e demonstrasse que o discurso do governo é vazio e lesivo do interesse público, o dos sindicalistas corporativo nos limites da idiotia e o do representante dos pais um sujo aproveitamento pessoal?
Era um perigo, lá se gorava o objectivo do programa:manipular, ainda mais, uma opinião pública mal informada.
crack
resta-nos a ironia... ;-)
Caro Miguel Pinto
Nem todos são capazes de usar tão poderosa arma, a ironia. Complacente com essa incapacidade, a vida arroga-se o direito de nos premiar com situações que são de uma suprema ironia, como esta de termos uma das piores equipas da educação dos últimos governos e haver tantos a tecer-lhe elogios!
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