No fragor da agitação desta inflamada pré-campanha, esquecemos todos como Mário Soares se deve sentir ferido e frustrado. Chegar ao fim de uma vida dedicada ao combate político e ver o partido de que é pai fundador relegá-lo para terceira ou quarta escolha, e, pior, não recolher a maioria dos votos socialistas, é muito duro. Já pensaram como se irá sentir quando esfriar a cabeça? Aos 81 anos não se sofre um golpe destes sem um sofrimento profundo, como poderá confirmar qualquer clínico. Independentemente de qual seja o resultado eleitoral, o mal está feito. No seu íntimo, nada mais será igual, e as consequências para a sua acção futura, se for eleito PR, deveriam ser objecto de cuidada ponderação pelos politólogos.
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