Tuesday, August 23, 2005

Tão perto e, no entanto, tão longe...

Os incêndios que nos massacram não são, infelizmente, monopólio deste nosso rectângulo à beira-mar. A vizinha Espanha também arde e as notícias dão-nos conta de como estão nuestros hermanos a lidar com o seu problema. O que se lê no El Pais, por exemplo, chega para nos exemplificar o mundo de diferenças que nos separa dos nossos vizinhos, na forma como enfrentamos um mesmo problema.
Quanto aos incêndios da Galiza, o jornal faz um ponto de situação suficientemente elucidativo para quem vive, ou pretenda deslocar-se para as regiões afectadas, o que não é muito comum acontecer nas notícias em Portugal, que preferem uma visão mais "personalista" dos dramas que o fogo ateia. Critérios jornalísticos, que mereceram já um comentário a propósito no Abrupto.
Sobre os incendiários, enquanto por cá nos interrogamos se serão todos maluquinhos que os manicómios mandam para casa de férias, e se há alguém que pergunte, ao menos, as razões que os levam a brincar com os fósforos (e há caça grossa na toca!), o mesmo jornal dá conta de que o Ministério do Interior espanhol não tem andado a dormir na forma. Não será muito, mas talvez haja algum conforto em saber que «El Ministerio del Interior ha informado hoy de que la Guardia Civil ha detenido a 99 personas por los incendios producidos desde la puesta en marcha del Plan de Especial de Prevención de Incendios Forestales 2005, que empezó en junio de este año y que estará activo hasta el 30 de septiembre. Esas personas han causado 17 muertes y obligado a evacuar a 2.786 personas y 750 viviendas.
Además, informa Interior de que se han esclarecido las causas de 829 de los 1.845 incendios, de los que 125 han sido intencionados. Del resto, 227 se han producido por causas naturales, 230 por accidentes y 247 por negligencias
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Quem mandou o Afonso bater na mãe?

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