Começo, Senhor Ministro, Excelência, por lhe dar um conselho: não deixe a sua empregada doméstica escrever-lhe os artigos; ela pode ser uma expert na faxina e noutras actividades afins, até é meritório esse seu empenho em dar-lhe oportunidades de subir na vida, mas a escrita de opinião não é o forte dela; arranje, portanto, um bom assessor e descanse nele as tarefas (pseudo)literárias a que gosta de emprestar o seu nome.
Continuo nos conselhos (se fossem bons, vendiam-se, mas, enfim...): antes de se empinar em ares de dama de virgindade ofendida, recorde os pinotes que tem dado em cama alheia e morda a língua antes de insultar o «agressor»; recorde a empresasita com que em tempos viveu de «casa e pucarinho» e resguarde-se das pedradas, que lhe estilhaçam o ministeriável verniz; noutro país já estava a ter que prestar contas, se não queria mudar de ramo e tornar-se a belle de jour numa qualquer estância de repouso obrigatório...
Finalmente, um comentário, sobre uma irremediável, e lamentável, circunstância: como já deve ter percebido, o seu código genético não o habilita para a compreensão escrita; abstenha-se, portanto, de nos tentar impingir a história da carochinha; peça a alguém que leia os relatórios que andam por aí, na internet e nos jornais, e lhe explique o que eles querem dizer; depois, em vez de vir cá falar-nos dos estudos da OTA, olhe, arrase-nos com esse seu olhar matador e diga que a decisão é... porque sim! Vai ver como todos percebemos!
4 comments:
Creio bem que o autor do post tenha sido pouco simpático para a empregada doméstica do senhor ministro. Não se faz!
ALF
Caro LS
Não tendo o seu talento para criticar com pena artística, os meus textos são sempre um pouco mais crus. Os seus comentários acabam sempre por ops completar, enriquecendo-os, com classe e humor. Foi o que aconteceu hoje.
:)
Senhor Anónimo
Relendo o que havia a reler, discordo. Fui, até, de uma benevolência notória. Creio que a sua leitura terá sido prejudicada por não ter eu explicado o que considerei por actividades afins...
:)
Continuo a achar que foi mauzinho para a empregada ao pedir ao patrão que a não deixe escrever...
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