Thursday, April 19, 2007

Do cachimbo da paz ao machado de guerra?

«No prefácio da obra que dedicou à causa da Inclusão Social escreveu uma frase assassina: “Cooperação não significa co-responsabilização”. O que Cavaco Silva está a dizer, para os mais desatentos, é que Sócrates não deve contar com compreensão de Belém se falhar as metas que prometeu cumprir. (...) Cavaco, com o seu recado subliminar, vem explicar que o país não pode desvalorizar os problemas do primeiro-ministro. Porque se o fizer, estará a desvalorizar o país. Sócrates fica a saber que não vale a pena vitimizar-se nem abrandar o seu ritmo de confronto com as corporações – Cavaco não deixa.E se o país for sério, e realmente comprometido com o seu futuro, também não deixará que um primeiro-ministro use as trapalhadas do seu processo académico para não terminar o que começou»
Pessoalmente, espero que o presidencial aviso contemple os projectos megalómanos, com que se cumprem compromissos pessoais de ministros, e as manobras, mais ou menos obscuras, de controlo abusivo do aparelho do Estado, dos serviços de informação e da comunicação social.

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