Um ano passado sobre a sua indigitação, em Bento XVI reconhece-se a inteligente e segura marcha num processo de sucessão, que se antevia complexo, considerados o carisma e as fortes marcas deixadas pelo seu antecessor. Da surpresa da sua encíclica, Deus caritas est, aos diferentes domínios sobre os quais tem centrado as suas intervenções, é oportuníssima a sua homilia do passado dia 19 de Março, na solene concelebração eucarística para os trabalhadores, da qual se destaca esta passagem:
«O trabalho reveste uma importância primária para a realização do homem e para o desenvolvimento da sociedade, e por este motivo é necessário que ele seja sempre organizado e levado a cabo no pleno respeito da dignidade humana e ao serviço do bem comum. Ao mesmo tempo, é indispensável que o homem não se deixe escravizar pelo trabalho, que não o idolatre, com a pretensão de encontrar nele o sentido último e definitivo da vida. (...) O descanso permite que os homens se recordem das obras de Deus, desde a Criação até à Redenção, revivendo-as e reconhecendo-se eles mesmos como sua obra, e dando-lhe graças pela sua própria vida e subsistência, a Ele que é o seu Autor" .
A actividade de trabalho deve ser útil para o verdadeiro bem da humanidade, permitindo "ao homem, individualmente considerado ou em sociedade, cultivar e realizar a sua vocação integral" . Para que isto se verifique, não basta a qualificação técnica e profissional, contudo necessária; não é suficiente sequer a criação de uma ordem social justa e atenta ao bem de todos. É preciso viver uma espiritualidade que ajude os fiéis a santificar-se através do seu próprio trabalho, imitando São José, que tinha de prover todos os dias às necessidades da Sagrada Família com as suas mãos e, por isso, a Igreja indica-o como Padroeiro dos trabalhadores. O seu testemunho demonstra que o homem é sujeito e protagonista do trabalho.»
A actividade de trabalho deve ser útil para o verdadeiro bem da humanidade, permitindo "ao homem, individualmente considerado ou em sociedade, cultivar e realizar a sua vocação integral" . Para que isto se verifique, não basta a qualificação técnica e profissional, contudo necessária; não é suficiente sequer a criação de uma ordem social justa e atenta ao bem de todos. É preciso viver uma espiritualidade que ajude os fiéis a santificar-se através do seu próprio trabalho, imitando São José, que tinha de prover todos os dias às necessidades da Sagrada Família com as suas mãos e, por isso, a Igreja indica-o como Padroeiro dos trabalhadores. O seu testemunho demonstra que o homem é sujeito e protagonista do trabalho.»
A ler e meditar, nomeadamente no momento em que se publica a resolução do Conselho de Ministros sobre a execução da política de emprego na Administração Pública.
No comments:
Post a Comment