O ultimato da Al-Qaeda aos países da Europa com intervenção no Iraque levam-me a pensar que não têm sido apenas os níveis de prevenção de actos terroristas que têm sido negligenciados pelo ocidente. Negligência tão importante quanto essa tem sido, ao que me parece, o pouco cuidado com que a falta de coesão e de objectivos comuns entre os países europeus, bem como a tensão entre estes e os Estados Unidos, têm sido tratadas, tendo-se deixado transparecer uma imagem de divisão e de vulnerabilidade, que os terroristas estão a utilizar agora numa dimensão política, de uma forma como, até ao presente, não me parece que tenha sido tão claramente visível.
O terror islâmico é anterior à intervenção no Iraque, mas este vespeiro sem solução à vista, que divide aliados e ganha dinâmicas de oposição na rectaguarda interna de cada um dos países envolvidos, está na fase de maturação ideal para o tipo de pressão que a Al-Qaeda vem agora fazer, numa estratégia «exemplar» de oportunismo, conseguindo beneficiar de «méritos» que à sua ameaça são anteriores e externos. Situações destas parecem-me difíceis de reverter, com sucesso e sem humilhação, sobretudo porque os países que já se preparavam para abandonar o Iraque, sob pressão das respectivas opiniões públicas, vão aparecer agora como cedendo à ameaça, numa real situação de fraqueza e de divisão face à ameaça do terror.
Importa ainda reter que, se fizermos fé num registo de um pretenso terrorista, o ataque de Madrid teve por objectivo a queda do governo de Aznar, o que aconteceu. Esta queda poderia, pode quase dizer-se que teria acontecido, naturalmente, pelo voto popular, mas agora nunca se saberá. O que fica, o que se retém, é que a Al-Qaeda quis colocar no governo de um país europeu uma linha política mais «manejável» e o conseguiu. Quantos governos não estarão a meditar neste exemplo? Com que consequências para o equilíbrio de forças no ocidente e deste em relação ao terror islâmico?
Não sendo a política externa uma área da qual domine os meandros, fico-me pelo registo das impressões e, a partir destas, parece-me que a Al-Qaeda estará, pelo menos ao nível da mensagem que transmite, a jogar agora noutro tabuleiro, ou seja, a utilizar a ameaça suspensa do terror como causa fracturante dos periclitantes nós da solidariedade internacional. É sabido que a cedência só conduzirá a novas exigências, até à absoluta consumação dos abjectos fins do terrorismo. Mas quantos estarão dispostos a morrer por acreditar nisso?
2 comments:
Não vou esconder o sol com a peneira e dizer que nem todos os muçulmanos são iguais e fazer de conta que até são bons rapazes.
Pessoalmente, não gosto deles e por essa razão, simplesmente, não visito (nem em trabalho, nem em férias) países islâmicos. Para mim trata-se de uma questão cultural e política. É uma questão de princípios. Cada vez que vou ao Colombo e vejo uma famíliazinha deles, em que a mulher está completamente vestida e tapada da cabeça aos pés, acho que aquilo é um ataque deliberado a todos os valores que defendo (para além de ser ilegal perante a lei portuguesa, visto que as pessoas não podem andar de cara coberta nos locais públicos).
Tolerância, tudo bem (não ando a bater-lhes no meio da rua), mas a tolerância acaba onde começam a infringir as regras de uma sociedade que os acolhe.
Por isso, lamento não poder ter pena do massacre de Sebrenica (cuja origem reside nos próprios muçulmanos e não nos Sérvios), lamento não ter pena daqueles 'Bósnios' do video que foram executados sumariamente (também ninguém tem pena dos Russos que são degolados Tchéchénia), lamento não ter pena dos Palestinianos que não sabem fazer outra coisa senão andar à pedrada e a explodirem-se porque são incapazes de construir o que quer que seja. Não tenho pena dos bombistas suícidas (apenas tenho pena que não se expludam mais vezes mas no meio deles), sejam homens ou mulheres porque as famílias deles recebem cerca de 8.000,00 € por mês pelo seu sacrificio.
Podia continuar por aqui abaixo a falar mal deles, mas creio que este comentário deve ser o texto mais 'racista' que alguma vez escrevi por isso vou parar por aqui porque 'racista' até é uma coisa que não sou.
Olhe, meu caríssimo amigo, sem saber o que lhe diga, digo...pois!
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