Primeiro, havia vida para lá do défice; depois, foi o drama das contas públicas, a tragicomédia do (errado) défice Constâncio, o embuste elevado a dramalhão das matinés do velho Odéon; agora, o aviso para os perigos de um discurso exagerado sobre a crise. Tudo isto no espaço de escassos meses e protagonizado pela mais alta figura do Estado - o PR.
Sabemos que Sampaio está no fim do seu segundo mandato; compreendemos que, por antecipação, esteja já a sofrer os efeitos de perder o protagonismo do tacho, perdão, do cargo; até lhe desculpamos aquela lagriminha rebelde sempre pronta a saltar-lhe, sabe-se lá porquê; não temos é que estar dispostos a aturar-lhe a senilidade em serviço. Ao menos, calem-lhe a boca, que o estado do senhor seja vivido em privado, poupando-se, assim, a imagem do Estado da nação.
Nas sugestões que resolveu fornecer quanto à melhor atitude para superar a crise, e, por consequência, o discurso desta, lá vem «melhorar decididamente a educação». Pelo que o Governo anda a fazer, e a deixar de fazer neste domínio, já vemos que o discurso da crise vai ter que durar, e durar, e durar...
* o cumprimento ao blog que me conduziu à notícia, e, além disso, uma excelente forma de caracterizar os estados de espírito do nosso emotivo PR .
3 comments:
Gravidez psicogénica, ah, ah, dessa nunca me lembraria! Mas agora que a referiu, recordou-me um filme com o Dustin Hofman, muito italiano, ambiente que se aplica como uma luva a esta presidência sampaista. Bem visto!
Agradeço o comentário ao crackdown, generoso, tendo em conta o espantoso que é o seu blog, pelo qual o felicito.
O cumprimento é devolvido respeitosamente — na nossa casa há muito que consideramos o actual Presidente da República uma das causas pelo abandalhar da política portuguesa...
Um abraço,
AA
PS: Pólux, a estrutura do crackdown vem do pensamento, não do template!
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