Título do manifesto, assinado, entre outros, por António Carrapatoso, António Nogueira Leite, José Silva Lopes, João Salgueiro, Fernando Ribeiro Mendes, Miguel Beleza, Henrique Medina Carreira, João Ferreira do Amaral, Augusto Mateus e Vítor Bento e publicado hoje no DN.
E explicam, assim, que o investimento público que o governo de Sócrates teima em efectuar não faz milagres:
«Primeiro, porque, numa situação de excesso de despesa, mais investimento em obras públicas irá favorecer sobretudo as economias de onde importamos, sem efeito sensível na capacidade produtiva da economia portuguesa, agravando o défice externo (pois só há financiamento parcial de fundos comunitários). Segundo, porque o tipo de emprego mobilizado pela construção pouco efeito terá na absorção do desemprego fabril gerado pela perda de competitividade da nossa indústria e mobilizará sobretudo a imigração. Terceiro, porque tais investimentos irão agravar ainda mais o desequilíbrio das contas públicas, seja pela despesa directa, seja pelos custos de exploração futura, seja, como aconteceu nas SCUTS, pelas inevitáveis garantias para assegurar a mobilização do sector privado. Pelo menos! Por fim, porque os portugueses não poderão compreender que lhes estejam a ser pedidos sacrifícios com impacto no seu nível de vida, quando o Estado se dispõe a gastar dinheiro em projectos sem comprovada rendibilidade económica e social.»
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