Tuesday, June 12, 2007

Professora agredida por pai de aluna recebe tratamento hospitalar

E agora, senhora ministra? Crime público? O agressor já está a contas com a justiça? Ou é mais um caso a esquecer, como centenas de outros casos semelhantes?

5 comments:

Anthrax said...

Qual foi o motivo que conduziu à agressão?

crack said...

Meu amigo Anthrax, como sempre, o seu reparo vai ao cerne da questão - os factos. Mas, se o post parece presumir a inocência da vítima, o que não deveria fazer, isso não isenta o agressor de prestar contas, não lhe parece? E, não esquecer - a agressão ocorre no local de trabalho da agredida, por alguém que aí se dirige, com um propósito muito definido. Para começo de conversa...
:))

Anthrax said...

É claro que não isenta o agressor amigo Crack. Mas... se há alguém que se desloca a uma escola e agride um professor, tem de haver algum motivo que vai despoletar essa agressão.

Mais, para chegar a esse ponto é porque a instituição falhou em alguma coisa. Por exemplo, eu sei que há ali uma escola no Campo Grande que tem lá uma Professora do pré-escolar, que se está a habilitar a - um dia destes - ir com menos dentinhos para casa. O C.E. já foi alertado, diversas vezes, que as coisas não estão bem e que a referida professora está a ser extremamente abusiva para com as crianças que tem a seu cargo e não toma qualquer medida.

Um dia destes, vai haver um paizinho que se passa dos carretos e a senhora tem um azar.

Por isso é que estou a dizer, para se chegar à agressão é porque alguma coisa falhou. E começa por falhar logo na 1ª linha, depois ascende hierarquicamente.

crack said...

Meu amigo Anthrax
Se lhe disser que nem sempre há razões a "justificarem" este tipo de agressões, o meu amigo acredita, porque sabe que eu sei que assim é. Direi até que, num número de casos maior do que seria admissível, as agressões não têm qualquer "razão" que as justifique, isto se estivermos dispostos a entender que agressões destas se justificam com a generalidade das "razões" que a elas poderão dar origem, na relação professor/escola/aluno/família. Passando adiante este pormenor, aceitemos que falha a organização de 1ª linha, isto é, o estabelecimento de educação ou de ensino, que falha a administração educativa, mas falham, sobretudo, porque a organização escola não está preparada para lidar com a nova realidade social, porque o sistema educativo está obsoleto e ultrapassado e a maioria dos agentes educativos está formatada no eduquês, que, convenhamos, não é a mais adequada ferramenta para lidar com os problemas que se colocam no quotidiano escolar.
Apesar desta desencantada visão da barafunda e atropelos que se vivem na generalidade das escolas portuguesas, indo ao caso específico, não deixem de seguir as vias normais, antes de partirem para o "azar" (o que não acredito que seja possível, no caso concreto). Se o CE não actua, não adormeçam e subam na cadeia hierárquica, de preferência com uma "carta de recomendação" de alguém do ISCTE, ou, em alternativa, uma leve sugestão de dar ao caso honras televisivas. Ao que julgo saber, são dos melhores "argumentos" que actualmente se podem usar.
:))

Anthrax said...

Estou perfeitamente de acordo o seu ponto de vista meu caro Crack.

O caso que dei como exemplo não envolve qualquer tipo proximidade excepto a geográfica. :) Mas, digo-lhe já que os seus "argumentos" são muito bons e uma excelente ideia a considerar. :)