Exemplos? Há vários, em quase todas as actividades governativas, que envolvem explicações do Primeiro-ministro, ignoradas estas, ou por carneirismo partidário, ou por conformismo à inevitabilidade desta personagem da maioria absoluta. Para além deste desgaste contínuo, perceptível para além da blogosfera, dois casos relevam dos restantes. Um, as trapalhadas do curso, em que as explicações de Sócrates foram desvalorizadas, por amigos e adversários, com o argumento de que ter, ou não ter o curso, não é imprescindível para ser Primeiro-ministro. Confiança nas "provas" apresentadas? Nenhuma. Outro, o mais recente, o "recuo" na decisão da OTA. Nem nos blogues, nem na imprensa, muito menos na rua, se acredita que este "recuo" seja outra coisa que não oportunismo político, cinismo eleitoralista e falta de seriedade governativa. Como resiste um Primeiro-ministro a tão baixos níveis de confiança? Por inexistência de alternativa? É trágico, que assim seja. Mas, se a esse problema acrescentarmos o perfil de Sócrates, a voracidade do PS, e uma conjuntura mundial aparentemente favorável à emergência de autoritarismos, esta falta de confiança na liderança que temos pode tornar-se um perigo para o regime democrático.
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