Sobre este tema, escreve João César das Neves, no DN:
«O Ministério da Educação português é um bom exemplo de como um sistema autodeterminado pode disparar em sentidos impenetráveis e incoerentes. A sucessão de repetidas reformas, mesmo que justificadas individualmente, criou um conjunto inconsistente e delirante, que hoje até gasta fortunas em testes a fingir, que avaliam aos bochechos. A coisa só não é pior devido à única inelutável realidade que se impõe na sala de aula: a cara do aluno. Muitos profissionais competentes, sentindo-se responsáveis perante a turma que enfrentam, esforçam-se por ensinar alguma coisa às pobres cobaias das reformas, muitas vezes contra as mesmas reformas. Se não fosse isso, a catástrofe seria definitiva. Mas o Ministério da Educação tem de ser incluído entre os maiores inimigos do desenvolvimento nacional. Uma potência estrangeira que quisesse sabotar o nosso progresso dificilmente faria pior.»
Totalmente de acordo, mas manda a justiça que se diga que alguns ministros houve que tentaram inverter esta situação, da melhor forma que sabiam, ou conseguiam, sem nunca desistirem desse intento; que outros houve que se limitaram a gerir o monstro, para por ele não serem engolidos; finalmente, que do grupo daqueles que criaram e alimentaram esta criatura monstruosa que é hoje o ME, pior não houve que a actual patroa da 5 de Outubro. A sua gestão desastrosa demorará anos a sanar, e o seu rosto perdurará por décadas, como o rosto do pior inimigo da educação neste país, desde o 25 de Abril.
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