No Parlamento, o governo tratou de forma ofensiva o desafio do Presidente da República para um debate aprofundado sobre a OTA. Isto é, fez como alguns adultos fazem às propostas das crianças e dos débeis mentais - sim, sim, podemos discutir o assunto, mas a decisão é inabalável. Pior, era impossível!
Ou Cavaco Silva reage a sério, ou mais vale remeter-se a uma muito distante, e silenciosa, observação do que se passa à sua volta. É que esta tardia e aparente contemporização do governo, depois da desfaçatez inicial, não abona nada a favor da imagem presidencial, a não ser que Belém esteja disponível para fazer saber que foi por reacção presidencial que se deu esta reviravolta. Nas relações de Belém com o governo, não basta agir, há que demonstrar que se reage.
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