Júlio Pereira, o secretário-geral indigitado do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), defendeu ontem a possibilidade destes serviços poderem fazer escutas telefónicas em situações de "grave ameaça", sob controlo de magistrados do Ministério Público.
Esta opinião pessoal, assumida durante a audição parlamentar, recebeu o «enquadramento» do PS - que sempre se tinha batido pela interdição das escutas telefónicas pelos dois serviços, SIS e SIED - e que agora abre a porta a alterações de rumo.
É sempre assim, com fundamento e boas intenções, que se começa; o pior vem depois, quando se «alargam» os critérios com que se classificam as situações de «grave ameaça», ou quando os governantes começam a ver perigos em cada esquina e inimigos em cada cidadão. Daí a funcionários altamente zelosos, lápis azuis, e os outros «tiques» do costume, é um piscar de olhos.
Em matéria de informação, o PS é como o algodão - não engana!
* ou de como assim se percebe o que começa a faltar a Sócrates, as botas!
2 comments:
Isto fica muito interessante conjugado com a intenção do Governo de permitir a determinação das prioridades de investigação criminal por via política...
Pois fica.
Como dizia a minha avozinha, «está-lhes na massa do sangue».
Só teremos o que merecemos!
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