O recém-empossado Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, veio ontem dizer ao país que há, "entre os 15 e os 20%" de "erros ou invalidações" no concurso de professores deste ano (uma «ninharia» de 18 240 a 24 320 candidatos!) e que os erros se devem, "na sua quase totalidade", a "erros de preenchimento por parte dos candidatos".
Sabemos que há um grande número de professores não habituados às novas tecnologias. Sabemos, também, que num processo «novo», totalmente online, é expectável que existam erros, e que as percentagens avançadas talvez sejam, tecnicamente, aceitáveis.
Mas também sabemos que houve falhas de segurança no concurso, tendo havido acesso de estranhos aos formulários electrónicos dos candidatos, sem ser por meios ilícitos. Qualquer pessoa que quisesse entrava e manipulava formulários já «registados». O ME foi avisado, mas preferiu responder que não tinha evidências sobre aquilo que todos sabiam estar a acontecer.
Como pode vir agora o ME assegurar que os erros se devem a erros de preeenchimento dos próprios candidatos? Os candidatos já assumiram os erros cometidos? Está o ME em condições de comprovar, tecnicamente, que os erros foram cometidos pelos próprios candidatos? Pelo que se conhece do sistema, não julgo isso possível.
E agora? A actuação habitual - compreensão da tutela, actuação dos serviços em função da «berraria» que o candidato souber fazer, decisões «individualizadas» a cargo dos «padrinhos» do costume, as injustiças, que ninguém consegue provar.
Sabemos que há um grande número de professores não habituados às novas tecnologias. Sabemos, também, que num processo «novo», totalmente online, é expectável que existam erros, e que as percentagens avançadas talvez sejam, tecnicamente, aceitáveis.
Mas também sabemos que houve falhas de segurança no concurso, tendo havido acesso de estranhos aos formulários electrónicos dos candidatos, sem ser por meios ilícitos. Qualquer pessoa que quisesse entrava e manipulava formulários já «registados». O ME foi avisado, mas preferiu responder que não tinha evidências sobre aquilo que todos sabiam estar a acontecer.
Como pode vir agora o ME assegurar que os erros se devem a erros de preeenchimento dos próprios candidatos? Os candidatos já assumiram os erros cometidos? Está o ME em condições de comprovar, tecnicamente, que os erros foram cometidos pelos próprios candidatos? Pelo que se conhece do sistema, não julgo isso possível.
E agora? A actuação habitual - compreensão da tutela, actuação dos serviços em função da «berraria» que o candidato souber fazer, decisões «individualizadas» a cargo dos «padrinhos» do costume, as injustiças, que ninguém consegue provar.
Os sindicatos assobiarão para o lado, com o que encostam o governo «às tábuas» para as negociações que se seguem. A Fenprof até já marcou a agenda!
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