«As opções estratégicas de regeneração do sistema educativo não nos deixam uma questão de oportunidade; estamos sim perante uma questão de possibilidade», diz o ex- Secretário de Estado da Administração Educativa no XV Governo, Abílio Morgado, que lança hoje um livro em que «reflecte sobre políticas de Educação e percorre os meses, as reuniões e tomadas de decisão sobre o concurso de colocação de professores, cujas sucessivas falhas originaram várias polémicas», conforme noticia o DN.
Segundo o mesmo jornal, o ex-governante afirma ter-se apercebido tarde que o processo, por ele gizado e plasmado em enquadramento legal, «estava em perigo por questões de simples método de trabalho», isto é, por incapacidade técnica dos serviços responsáveis.
Tem razão, apenas esquece dois pequenos pormenores: (i) que teve avisos sérios e insistentes de que a DGRHE não levaria o processo a bom termo, e preferiu ignorá-los; (ii) que a complexidade do processo aconselhava a cautela de uma testagem, ou, pelo menos, de um procedimento de rectaguarda, sugestões que a sua determinação não lhe permitiu aceitar.
Resultado: com a intervenção posterior da ministra Maria do Carmo Seabra, o processo custou ao Estado 20 milhões de € e estragou a vida a muitos professores.
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