A propósito de umas “guerras juvenis” sobre a “democracia” que estará subjacente à possibilidade de se comentar, ou não, nos blogs, recordei esta frase lapidar de Elbert Hubbard.
Efectivamente, depois de algumas acesas discussões com os que são “apenas bloguistas”, com outros “apenas comentaristas” e outros que não são nem uma coisa nem outra, ou são ambas, decidi-me, simplisticamente, sobre o assunto- tudo é aceitável, e “democrático”, e fica bem, desde que faça feliz(es) o(s) seu(s) autor(es).
Viajante de um número significativo dos blogs do meu contentamento, encontro várias modalidades: com, sem, com um (inteligente) meio termo – faz-se uma selecção dos mails recebidos e o autor transcreve o(s) que mais se adequa(m) à “linha editorial” do seu espaço.
À juventude irrequieta, direi que parece ser esta a melhor opção para os muito inseguros, ou para aqueles que têm (ou pretendem vir a ter) nome feito na escrita, na política, em qualquer coisa, atendendo a que nem sempre os comentários são aceitáveis, ou enriquecem o blog, ou espicaçam com pertinência os seus leitores, ou afagam o ego do(s) seu(s) autor(es).
Cá por mim, a quem o espaço de comentários já veio com o “pacote” (ai esta incapacidade tecnológica), a questão não se colocou, nem se evidencia necessidade de se colocar. Pessoalmente, prefiro aqueles blogs que permitem comentários, porque as mais das vezes, sobretudo porque os bons bloguistas se comentam uns aos outros, as picardias e as “bocas” são tão, ou mais, interessantes do que o próprio post. Ao penitenciar-me de um erro - nem sempre resisto a comentar “pesado”, i.e., demasiado longa e seriamente – percebo, contudo, umas das muitas razões por que são tantos os blogs que fecham a porta aos intrusos.
Como em tudo na vida, é também uma questão de inteligência e de aprendizagem – dos que postam e dos que comentam. O tempo, que trará a generalização do uso deste meio, fará o resto.
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