A ministra da educação, a morder os calcanhares de Sócrates, anunciou o rumo, decidido, da educação tecnológica. Gostei de saber que cada aula terá o seu computador, a sua impressora e o seu projector, porque estes meios podem promover um salto qualitativo na aprendizagem dos alunos. É inquestionável, e a medida tem o meu apoio, de princípio. Mas gostaria também de ter sabido como vão ser resolvidas as questõezinhas mesquinhas, que são o pesado quotidiano das escolas, e que podem deitar a perder tão boas intenções do governo. Por exemplo: e como vai ser assegurada a manutenção de tanta maquinaria, a sofrer horrores diários nas mãozinhas descuidadas dos vândalozinhos que pululam pelas nossas escolas? E dinheiro para o toner e para o papel? E alguém pensou que este sistema de um computador por sala não se conjuga muito bem com a mobilidade das turmas a cada tempo de aula? E, finalmente, como resolvem o caso dos docentes que nem são capazes de ligar e desligar um computador? Ah, bom, esquecia-me, para estes há a mobilidade especial!
Que estas e outras questões de logística sejam acauteladas, ou vai-se gastar dinheiro para nada!
No comments:
Post a Comment