Sendo o nosso país um dos sete mais envelhecidos do mundo, nascerem menos 4100 bebés no ano que passou não é algo a encarar de ânimo leve, sobretudo se pensarmos que, na última década, o número de nados-vivos por mil habitantes desceu 12,2 para 10, e que Portugal está já muito abaixo do nível de substituição de gerações.
Ora, esta realidade, triste, envergonhada, relegada para o rol das notícias incómodas, escondidas nas zonas mais obscuras dos media, convive muito mal com a alegria ruidosa, eufórica, com o "sucesso" da recém-legalizada prática abortadeira, que enche os cofres dos privados, que, para tão "necessária" prática, a bom tempo se estabeleceram em Portugal, com o beneplácito e o incentivo dos oportunistas compromissos governamentais.
Onde estão hoje os que diziam que os números do aborto não iriam disparar? Sob que pedra se acobertam as "nobres" almas que clamaram pelo aborto, como salto civilizacional? Debaixo de que máscara se esconde agora a culpa daqueles para quem o seu país é apenas o interesse, a contingência, a passagem fortuita da sua insignificante vida, um breve pestanejar no ciclo do tempo longo?
Triste país este, que tão facilmente finaliza na marquesa do abortador o que iniciou na alcova do amor.
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