O Público traz hoje uma notícia sobre um bairro degradado da Amadora, o Casal de Santa Filomena, um autêntico gueto, onde o carteiro não entra há dois anos, e que faz a cabeça em água às forças policiais. Estas referem-se, com conhecimento de causa, às «etapas da criminalidade» infantil e juvenil dos moradores do bairro, o que, para além da preocupação social que a situação nos merece, nos deixa perante outro problema, em que só pensa quem tem de o viver e tentar enquadrar - estas crianças e jovens adolescentes são alunos das escolas, em grau de paridade com todas os outros da mesma idade. E é aqui que começa o drama para alunos e suas famílias, professores, funcionários, direcções de escolas, administração educativa. Estes jovens delinquentes, que transportam para dentro do universo escolar a sua vivência de bairro e rivalidades de gang, têm, sem dúvida, direito à escola, mas dar-lhes um tratamento em tudo igual aos dos outros jovens da mesma idade é prejudicar uns e outros. Também para enfrentar este tipo de problemas, se impõe repensar a Escola. As associações de pais têm ajudado pouco.
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