* Diz Nuno Sampaio, no DE, onde faz esta radiografia da campanha de Soares:
«E que dizer da estratégia e da campanha de Mário Soares? Um verdadeiro desastre. A começar pela própria decisão de se candidatar, até aos ataques à Comunicação Social, Soares não acerta uma. Tudo começou no dia em que um ex-presidente da República decidiu abandonar o cómodo posto de “senador” para aceitar ser a quarta escolha do seu partido para se recandidatar ao lugar onde já tinha sido feliz. Estava escrito que não podia dar certo. Mas Soares deu uma ajuda. Ou melhor, várias. Apresentou-se, no final de uma tarde de Agosto, já como o candidato perdedor. Aquele que vai a jogo só para não perder por falta de comparência. Amarrado à imagem de um aparelho partidário, ainda para mais dividido. Proclamando aos quatro ventos que se candidata para que a campanha não fosse apenas como um passeio na Avenida da Liberdade para Cavaco Silva. Suicidário. (...) Não fosse Mário Soares o político português mais benevolentemente tratado pela Comunicação Social e a esta hora a máquina trituradora dos noticiários televisivos estaria preenchida pela repetição de uma apreciável colecção de episódios caricatos. »
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