Cai mais uma das promessas de Sócrates. Não nos surpreende, porque todas têm caído.
Prevalece o pragmatismo, dizem os entusiastas do "avanço" que o Tratado representa para a União. Sócrates, devidamente apoiado e reconfortado na sua decisão pela ajuda europeia e presidencial dos últimos dias, "submete-se" à ratificação parlamentar, em nome do pragmatismo e do bem para o país. Enoja a desfaçatez dos procedimentos, mas não vale a pena rasgarmos as vestes, nem exaltarmo-nos com este episódio, mais um, na senda de "salazarização" do regime. Ele deve servir-nos apenas para medirmos o grau de abandalhamento a que tudo isto já chegou. Em nome de todos nós, e do nosso futuro, mentem-nos, roubam-nos, achincalham-nos, e nós ainda lhes fazemos o favor de agir como se acreditássemos que vivemos numa democracia e contamos para alguma coisa.
«The irrationality of a thing is no argument against its existence, rather a condition of it. », Friedrich Nietzsche
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