Esta semana circulou por aí a notícia da vandalização do túmulo de Salazar. Algo continua muito mal na saúde democrática deste país, quando, 37 anos passados sobre a morte de Salazar, ainda se sente, não apenas a necessidade de vandalizar o seu túmulo, como de dar a notícia num dos jornais diários de maior tiragem nacional catalogando a personagem como ditador, quatro vezes em cinco parágrafos.
Não sendo saudosista de Salazar, muito menos do que ele representa, incomoda-me ver como, com quase quatro décadas passadas, este povo não foi ainda capaz de crescer o suficiente para conseguir o distanciamento e a frieza que nos devem merecer as personagens do passado, sobretudo aquelas cujos erros conseguimos ultrapassar e resolver, para que não mais se repitam.
Se tivessemos dúvidas sobre a saúde da nossa liberdade, apesar das subreptícias mas continuadas formas de violação da democracia por que lutámos, e conseguimos, em que direitos fundamentais dos cidadãos são postos em causa, com total desfaçatez e impunidade, esta sanha contra a figura de Salazar vem confirmar que algo vai mal neste "oásis" periférico, que Sócrates imperialmente comanda, dentro de portas. Vândalos nada inteligentes e jornalistas pouco competentes acabam por originar reacções mais favoráveis ao antigo governante, do que poderiam esperar, e admitir. Ou será que é isto mesmo que se pretende?
Não sendo saudosista de Salazar, muito menos do que ele representa, incomoda-me ver como, com quase quatro décadas passadas, este povo não foi ainda capaz de crescer o suficiente para conseguir o distanciamento e a frieza que nos devem merecer as personagens do passado, sobretudo aquelas cujos erros conseguimos ultrapassar e resolver, para que não mais se repitam.
Se tivessemos dúvidas sobre a saúde da nossa liberdade, apesar das subreptícias mas continuadas formas de violação da democracia por que lutámos, e conseguimos, em que direitos fundamentais dos cidadãos são postos em causa, com total desfaçatez e impunidade, esta sanha contra a figura de Salazar vem confirmar que algo vai mal neste "oásis" periférico, que Sócrates imperialmente comanda, dentro de portas. Vândalos nada inteligentes e jornalistas pouco competentes acabam por originar reacções mais favoráveis ao antigo governante, do que poderiam esperar, e admitir. Ou será que é isto mesmo que se pretende?
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