Os manos Portas vão gerindo o seu lugar ao Sol de uma forma que, só aparentemente, é uma sintonia imperfeita.
Esta semana, os seus contributos para a nossa cultura político-cinematográfica são exemplares daquilo para que servem os genes partilhados (esta ficou-me, da ESPAP), ou, na pior das hipóteses, o que pode resultar de um jantarinho em casa da mamã Helena.
Miguel, na página 28 do soalheiro semanário, traça o seu Sol à Esquerda ao ritmo e ao som do último Bond, confessando-se entusiasticamente rendido às novas roupagens e ao destemido estilo do mais famoso espião do Reino de Sua Majestade, e arredores (entusiasmo a que não será alheio Daniel Craig, mas, mais do que ficou escrito, só poderá ser dito pela mamã Helena...). Paulo, no seu lugar cativo da plateia da Tabu, troca o cinema com que, semanalmente, nos embala a veia Penelope Cruz, por umas tias espanholas, que, no tempo das idas a Badajoz pelos caramelos, lhe ensinaram o valor da peseta. De caminho, deixa a Franco o generalato e o seminário a Salazar, faz a apologia de Aznar e mostra os pés de barro de Zapatero, num mixed estilístico Almodóvar/Oliveira, da mais pura matriz ibérica.
É o Sol, sem nuvens.
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