Como escrevia aqui, a carência de técnicos em educação especial está a afectar um número significativo de alunos com patologias diversas, que estão sem o apoio de que necessitam.
Dados da Fenprof, recolhidos em 46% das escolas, dizem-nos que: «há 2322 estudantes - que podem ser cegos, surdos, disléxicos ou hiperactivos - que não estão a receber apoio na sala de aula.», ao que o ME contrapõe que «este é um levantamento que está errado e que pode nascer de uma confusão que é misturar as crianças com necessidades de apoio e as necessidades educativas especiais». Sabemos que esta confusão tem sido habitual, a começar na própria administração educativa, mas não podemos ignorar que o ministério da tutela nunca foi capaz de identificar uma e outra das situações, distingui-las e enquadrá-las, adequadamente. Enquanto o governo não for capaz de apresentar números, que demonstrem que identifica as situações existentes no terreno, não tem legitimidade para recusar a leitura que se faz da actual carência de apoios - cinco mil professores a menos, razões economicistas na génese desta falta de apoio especializado aos que dele mais precisam. Talvez que os técnicos de saúde que vão ser colocados nas escolas para fiscalizarem a dieta dos alunos sejam, também, capazes de dar uma ajudinha a estes casos!
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