Surpreendi-me ao gostar, bastante, da entrevista do Primeiro-ministro. Parece mentira, mas é assim mesmo: gostei. E porquê? Porque começa a tornar-se difícil, até para os tratadores de imagem, esconderem o gato* que se oculta por baixo de tão convencida lebre. E a desmontagem de Sócrates é fundamental, para que possamos pôr fim à encenação gigantesca que é o governo que lidera.
Quem poderá não se ter chocado ao constatar como a alegórica personagem que, naqueles longos minutos que a televisão lhe dedicou, deixou de tal modo evidente, tanto a vacuidade do seu pensamento político, como o estado manso do seu progressivo alheamento do país real, transfigurado este à medida da sua doentia dimensão de provinciano autoritarismo e despótica presunção?
Sócrates já não consegue esconder que é nada, para além da pose, da arrogância e do autismo "imperial", com que se construiu. Ontem, depois de um dia a sermos confrontados com imagens terríveis, e infelizmente reais, de um país em que basta uma chuva forte para a tragédia se multiplicar, resultou chocante ver como na entrevista ao serão ficou brutalmente exposta a imaterialidade desse José Sócrates, construído do nada, qual boneco insuflável a esvaziar-se perante os nossos olhos, mortalmente ferido pelo palavroso disfarce da iniquidade da acção e da insignificância do pensamento. Para quem ainda não queria acreditar que José Sócrates só existe na cobardia da nossa passividade acomodada, a verdade pode ter sido brutal, mas apenas neste percurso de realismo e verdade poderemos iniciar o combate pelo que este país procura, e a situação actual requer.
Sócrates já não consegue esconder que é nada, para além da pose, da arrogância e do autismo "imperial", com que se construiu. Ontem, depois de um dia a sermos confrontados com imagens terríveis, e infelizmente reais, de um país em que basta uma chuva forte para a tragédia se multiplicar, resultou chocante ver como na entrevista ao serão ficou brutalmente exposta a imaterialidade desse José Sócrates, construído do nada, qual boneco insuflável a esvaziar-se perante os nossos olhos, mortalmente ferido pelo palavroso disfarce da iniquidade da acção e da insignificância do pensamento. Para quem ainda não queria acreditar que José Sócrates só existe na cobardia da nossa passividade acomodada, a verdade pode ter sido brutal, mas apenas neste percurso de realismo e verdade poderemos iniciar o combate pelo que este país procura, e a situação actual requer.
* gato=mamífero carnívoro, da família dos Felídeos, existente no estado selvagem, mas também em muitas espécies e raças domesticadas; não confundir com o sentido usado no português do Brasil: gato=homem considerado atraente.
No comments:
Post a Comment