O nosso Primeiro-ministro gosta de relembrar que os números, tal como o algodão do mordomo, não enganam, mas nesta sua obsessão propagandística prefere considerar, como despiciendos, aqueles números que nos fotografam como um país lento e pesado no desenvolvimento, que só na imaginação delirante do nosso Fuhrer de pacotilha ombreia com os grandes do naco europeu; ele pode viver num mundo de ricos, sem riscos, mas nós vivemos num país doente por falta de verbas, inculto por falta de visão e erros de estratégia, atrasado por inépcia e gula governativa, a extinguir-se aos poucos, por falta de entusiasmo na actividade procriadora. Falta de entusiasmo que não pode reprovar-se, desmobilizados os "agentes" pela inexistência de incentivos no presente, e de negras perspectivas para o futuro da pretendida prole. Com excepção da folha de pagamentos dos "argumentistas" de Sócrates, que lhe bordam o discurso a ponte-pé-de-flor, e das contas bancárias dos apaniguados da praxe, Portugal fenece, e mal, achacado de múltiplas maleitas graves, que lhe minam o presente e o condenam para amanhãs que não cantam, mas gemerão, se ainda houver forças para tal. Será, decerto, baseado nestes "animadores" números do abuso sexual infantil, que não o enganam, que Sócrates quer proceder, a galope, à colocação de milhares de crianças institucionalizadas em lares de acolhimento, o que vem confirmar, aos ingénuos, que não pode deixar de estar a agir no pleno conhecimento do potencial risco em que irá colocar elevado número dessas crianças. Criminosa insensibilidade de engenheiro sanitário, para não dizer mais.
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