A ministra da educação, e todos aqueles que a apoiam na defesa de um modelo de avaliação dos professores que integre a avaliação feita pelos pais dos respectivos alunos, estão, finalmente, vingados - demonstra-se que estão cheios de razão e que os que põem em dúvida a bondade da medida não passam de uma cáfila de calaceiros e de sanguessugas do sistema.
Na escola do 1º ciclo (atente-se no pormenor) de São Gonçalo, no Lumiar, uma professora admoestou um aluno que, no recreio, atirava cascas para o chão. Como não terá sido a sua acção considerada pelos pais do infante como suficientemente colaborativa, «"pouco tempo depois" terá entrado na sala onde estava a docente um casal, aparentemente familiar do aluno, que a insultou, tentou arremessar-lhe à cabeça um balde de lixo de alumínio e lhe bateu na cara e na cabeça repetidas vezes até que os restantes professores e auxiliares conseguiram por cobro ao ataque. A professora, de 50 anos, foi assistida pelo Instituto Nacional de Emergência Médica na escola e vai ficar de baixa».
Não poderia a ministra querer melhor avaliação feita pelos pais - rápida, objectiva e eficazmente demonstrativa. O ministério fica ainda a ganhar - com as faltas que vai dar por ficar de baixa, a professora perde o bónus que, tão generosamente, o governo se propõe atribuir aos professores que não faltem. De facto, num país com exemplos como este, quem poderá pôr em causa a excelência das ideias de Maria de Lurdes Rodrigues?
1 comment:
Somos um país de grunhos mas a ministra quer um modelo nórdico. O que vamos ganhar com professores, cuja autoridade se encontra minada à partida? A ministra quer é por os professores na ordem atirando-lhes os pais às canelas.
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