À conta do choque tecnológico, o ME "anda numa" de plataformas de e-learning, e não está com meias medidas, espicaça o "terreno" com formações e mais formações sobre a plataforma Moodle, a descoberta do século que, conjuntamente com a domesticação dos professores, virá resolver os males de que enferma a educação em Portugal.
Mesmo deixando de lado a discutível qualidade da plataforma; mesmo esquecendo que muitos dos professores arrebanhados para a formação sobre a Moodle não têm competências básicas em informática que lhes permitam, sequer, perceber as potencialidades de tal ferramenta, a determinada opção do ME pela divulgação e utilização desta plataforma junto das escolas, professores e alunos poderá significar que, num futuro não muito longínquo, está disponível para equacionar a transformação do ensino presencial em meio escolar por um ensino à distância, para os alunos que assim o pretendam?
A questão é pertinente, quando no próprio discurso governamental se reconhece que há que mudar a escola, preparando-a para as dificuldades do presente, para os desafios do futuro e para as mudanças de paradigma, quer na socialização do indíviduo, quer na aquisição e estruturação do conhecimento, nesta era da comunicação em tempo real e da interactividade que a rede permite.
O debate a que esta questão conduz, apaixonado, corre, no entanto, o risco de esvaziar-se numa perspectiva corporativista do papel da escola. O futuro, contudo, não se compadece com abordagens demasiado tradicionais, e o futuro começou há muito tempo. A Escola é que ainda não percebeu.
* Tentativa de reprodução de algumas reflexões soltas feitas por um grupo de professores, em amena tertúlia.
1 comment:
Volta a Tele-Escola?
Não é má ideia, sobretudo se for obrigatória para alguns alunos.
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