Thursday, June 22, 2006

Vítor Constâncio caiu do pedestal


Quem o diz é Sérgio Figueiredo, num imperdível artigo de opinião no JN, sobre aquele a quem chama «o fiador de Sócrates»:

«Constâncio decidiu patrocionar mais uma comissão «independente» para corrigir as contas públicas herdadas por um novo Governo. O resultado foi desastroso. Se a intenção era avalizar as tais «medidas difíceis», a consequência foi a que toda a gente viu: a política orçamental do primeiro ano de Sócrates foi um desastre completo.
A coberto de um défice virtual, a Comissão Constâncio deu a cobertura técnica para um desastre político: Sócrates viu ali o fiador de um ano fiscal que agravou o défice estrutural, em vez de o melhorar; que deu um sentido expansionista aos gastos, na vez de os cortar.
Mas, sobretudo, permitiu que o Governo apresentasse o maior desequilíbrio financeiro dos últimos anos, 6 por cento do PIB, quase a cantar vitória. Estava, assim, absolutamente desperdiçado o primeiro ano de consolidação das finanças públicas. Com maioria absoluta no Parlamento e a oposição manietada. Sócrates não tinha desculpas. Constâncio deu-lhe o pretexto

Elucidativo artigo, sobre uma das mais cinzentas personalidades do regime.

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