Comparando o post anterior e esta notícia, conclui-se que houve um erro de interpretação do crackdown relativamente às palavras do Presidente Cavaco, no passado dia 10 de Junho.
Não fora a insignificância deste blogue, e quase se justificaria pensar que o Presidente terá sido alertado para a possibilidade de ser efectuada uma interpretação como a aqui feita, tendo sentido a necessidade de esclarecer o seu pensamento, para que não subsistissem dúvidas sobre a sua solidariedade com a titular da educação.
Seja como for, e porque em matéria de interpretações todas as liberdades são permitidas, é um facto que também a frase presidencial «Deixemos a ministra da Educação actuar com a experiência e as competências que tem para ver se aumenta a qualidade no nosso sistema educativo» pode não ser tão inocente como parece. Uma coisa é certa - o Presidente está muito bem assessorado em matéria de educação, pelo que nenhuma afirmação sua sobre este tema será fruto do acaso. O tempo e as circunstâncias se encarregarão de demonstrar como espera o Presidente ver resolvida a ineficiência do sistema educativo português.
5 comments:
A ministra ainda não partiu a loiça toda. O Presidente pode aguardar que ainda vai a tempo de tocar o sino para a reunião dos cacos…
Que grande drama, caro crack.
Caro Crack
de qualquer maneira registo a diferença de atitude do nosso Presidente em relação ao Ministro da Agricultura: a esse aconselha-o a não acicatar os ânimos dos agricultores; na Educação vira-se para os professores contestatários...
bem... não sou grande fã de Cavaco e acho até que se o Estado cresceu demais e não soube aproveitar os fundos de Bruxelas foi essencialmente por causa da Má Governação de Cavaco. Mas neste ponto este bem... Talvez apenas bem aconselhado. Mas a boa gestão da Ministra sobre o seu ministério devia merecer alguma paciência... É urgente rever o mecanismo de promoção "automática" dos professores, premiar o mérito e punir o desleixo. E as medidas anunciada têm a virtude de avançarem por esse terreno minado...
Ando há muito tempo com umas perguntas na cabeça mas não encontro quem me responda. A ministra não é aquela colega para quem o Mariano Gago arranjou um tachão no observatório da ciência? E não é verdade que ela exerceu o cargo tão bem que deixou o observatório de tanga sem dinheiro para pagar a luz e a água? E também não foi ela que decidiu pagar ilegalmente mais um terço do ordenado a alguns dos funcionários só para dividir e reinar? E não foi tambem por isso que os governos do PSD tiveram que andar a encobrir o escandalo das dívidas que ela deixou por pagar nos organismos internacionais?
Gostava muito de ver respondidas estas perguntas e outras, muitas outras.
Se as notícias são fidedignas, o Presidente foi interpelado por causa do episódio de violência. Responder dizendo que é preciso deixar a ministra trabalhar (para melhorar a qualidade do ensino) não pode ser entendido como uma associação directa entre (má) qualidade e violência? É admissível esta associação?
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