No Diário Económico, escreve Carlos Marques de Almeida: «Cavaco Silva anseia pelo lugar neutro de todos os equilíbrios. Anseia por esse ponto equidistante que assegura a coerência de todo o sistema. Mas o que poderemos designar por ”neutralidade activa” gera certamente algum desespero e muita desilusão. O desespero de uma certa Direita que esperava mais. O desespero de uma certa Esquerda que não esperava tanto. A desilusão de uma certa Direita que sonhava com a ”presidencialização do regime”. A desilusão de uma certa Esquerda que antecipava em Belém um foco de ”conspiração revanchista”. Cem dias passados, o País parece ter esquecido o ”homem providencial”. Cem dias passados, o País já se habituou ao estilo suave do Presidente da República. E longe das críticas e da polémica, Cavaco Silva é hoje o ”Presidente de todos os Portugueses”.»
Esta aceitação incolor e tranquila com que o país observa a acção do Presidente, dependerá do mérito deste, ou da ajuda que recebe do marketing que o governo pôs à sua disposição?
* Friedrich Nietzsche
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