...não podemos deixar de dar razão a João César das Neves, que, no mesmo jornal, tenta baptizar a crise portuguesa, concluindo que há:«um nome que ela não pode ter: o de "crise de austeridade". É que, embora se fale muito, não se vê austeridade em lado nenhum. Se a História futura se limitar a ler os jornais e discursos actuais, é possível que acredite que a origem das dificuldades está na redução da despesa pública. Mas se olhar para os números do Orçamento notará que "contenção da despesa" é coisa que não se vê: os gastos públicos só sobem.»
Quando se gasta hoje o dobro do que quando entrámos para a CEE, a crise só pode mesmo chamar-se «a "crise delirante". Quando os ministros se atropelam a apresentar excelentes ideias para gastar mais dinheiro a resolvê-la; quando um distinto sindicalista diz impunemente que não há funcionários públicos a mais, é porque deve estar tudo doido!»
Com tanto delírio à solta por aí, percebe-se que o governo queira fechar hospitais psiquiátricos. Há que acautelar o futuro e uma ilhazita das Bahamas sempre é mais apetecível para uma aposentadoria dourada, bem longe do caos que deixaram atrás de si.
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