Sem fidalguia nem sonho, apenas pesadelo
Vale a pena ler todo:
«Dentro de alguns anos, seguramente, haveremos de estudar este momento irracional da história política portuguesa em que um primeiro-ministro em fuga por interesse pessoal nos deixou entregues a um sucessor que ele próprio sempre desprezara, chegando a compará-lo ao Zandinga. E tentaremos então perceber também como foi possível que um dos partidos fundadores do regime e tradicional baluarte da governação se tenha deixado arrastar, por demissão ou por oportunismo, até ao abismo e até à humilhação às mãos dos eleitores, sob a condução de um D. Quixote sem fidalguia nem sonho. Apenas pesadelo - previsível, confirmado e quase paranóico na sua cruzada contra os mais improváveis moinhos de vento: a banca, "os interesses", os "poderosos", as sondagens, a comunicação social e, valha-nos Deus, o "sistema". Numa palavra, tudo aquilo que, desde sempre, construiu, ergueu e alimentou o mito político chamado Pedro Santana Lopes.»
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